Destemido, delegado Paulo Sérgio Martins diz não ter papas na língua |
Márcio Souza |
Obstinado e “bocudo”. Assim o delegado Paulo Sérgio Martins, eleito vereador pelo PV, com 3.528 votos, definiu a si mesmo. “Não tenho papas na língua. Falo o que for preciso e encaro as conseqüências.” Como era de se esperar de um delegado de polícia, sua luta maior na Câmara, diz ele, será pela segurança. “Vou brigar pela ampliação e melhoria dos postos avançados da Guarda Municipal”, afirma. A GM será uma das grandes beneficiadas caso Paulo Sérgio alcance seus objetivos. “A idéia é atrair investimentos maciços para a instituição.” Mas o delegado faz outros planos também. Pelo fato de pertencer ao PV, conta que o meio ambiente será sempre pauta no seu programa. “Pretendo continuar na defesa da Serra do Japi e estreitar as relações da Câmara com ONGs [organizações não-governamentais] e também com as associações de amigos de bairros.” Apesar de a Câmara contar com 12 vereadores na base de sustentação do governo próximo mandato – e ele pertence a esse grupo pelo fato de seu partido ter apoiado o prefeito eleito Miguel Haddad (PSDB), Paulo Sérgio defende que boas idéias devem ser aprovadas, independente da legenda. “Serão 16 vereadores com obrigação de lutar por melhorias para a população da cidade.” |
Julianna Granjeia
Apesar de estar filiado ao PV há apenas um ano, Silvio Ermani, que ocupará uma cadeira na Câmara pela segunda vez, já está com o discurso do partido na ponta da língua.
Silvinho, eleito pela primeira vez em 2000, não conseguiu repetir a dose em 2004. Mas nem por isso ficou longe do serviço público. Até voltar a ganhar nas urnas, trabalhou por três anos e meio no velório e hoje é assessor técnico da DAE.
Segundo ele, a preocupação com o futuro de sua filha, de 4 anos, foi um dos motivos que o fez aceitar o convite para ingressar no partido, presidido por Eduardo Palhares, também presidente da DAE. O vereador já foi do PSDB, PPS e PSB.
Ele explica que a renovação da Câmara mostrou o desejo da população de renovar idéias e posturas.
“A responsabilidade dos três vereadores eleitos pelo PV é considerável. Temos que levar em conta que somos a esperança de que o partido se solidifique em Jundiaí.”
Para Silvinho, se os vereadores decepcionarem a população, irão destruir o alicerce do partido que ainda está em construção.
Com tanta afinação no discurso, o vereador eleito diz que ainda não pensa em se lançar candidato para as eleições de deputado em 2010.
“Não conversamos sobre isso porque ainda não é hora. Mas com certeza o PV irá lançar um nome na cidade.”
Novato na política, vereador descarta trabalho somente em prol dos animais
Roberta de Sá
Leandro Palmarini (PV), idealizador do projeto Bicho Legal, descarta a possibilidade de fazer um mandato somente em prol dos animais, embora tenha várias ações de defesa planejadas.
“Usarei meu conhecimento de administrador público. Meu foco também será o meio ambiente e a sociedade em geral”, diz.
Leandro emplacou na sua primeira eleição por ser idealizador de um projeto de castração de cães e gatos e por fazer uma campanha com pessoas vestidas de animais. Ele foi eleito com 3.630 votos - o segundo mais votado.
“Eu não esperava tanto. Isso demonstra que a população está igualmente sensibilizada com a causa animal e quer novos projetos.”
O administrador se filiou ao PV em 2007, depois de ser incentivado a ingressar na vida política. Há 12 anos, trabalha na Secretaria de Finanças.
Eleito pretende evitar apelido na Câmara
Leandro, do Bicho Legal, pretende aos poucos deixar o apelido de lado e ser conhecido por seu nome de batismo. “Sempre vão me associar, mas quero ser chamado de Leandro Palmarini, o defensor dos animais”, diz.
O novato já estuda o regimento interno da Câmara e fala que vai chegar sem a pretensão de ser presidente, mas com a expectativa de que esse será o primeiro passo de sua vida política.
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