Márcio Cabeleireiro leva vaga na Camara no ‘fio-da-navalha’ Com o impasse dos votos de Ana Tonelli (PMDB), cadeira ficou incerta |
Julianna Granjeia |
Como muitos nordestinos que migraram para São Paulo em busca de uma vida melhor, o baiano Márcio Pentecostes de Sousa veio para Jundiaí em 1994 para buscar emprego. Márcio montou um salão de cabeleireiro no Jardim Tarumã, trouxe toda a família para Jundiaí e logo conquistou a comunidade. Foi assim que Márcio Cabeleireiro (PR) decidiu entrar na política e assume, no ano que vem, a cadeira mais concorrida da Câmara. Ele diz que foram seus amigos que o elegeram como representante da comunidade no Legislativo. “Eu e meus amigos batemos de porta em porta para pedir voto, foi uma campanha simples.” Morador do Núcleo Balsan, Márcio diz que conhece de perto as necessidades dos bairros da periferia. “Quando eu decidi ser candidato pela primeira vez, em 2004, eu percebi que como vereador podia ajudar a melhorar essa região.” Márcio, que foi jogador de futebol amador e hoje apóia os times, pretende ajudar os bairros com infra-estrutura. “O Jardim Tarumã precisa de estrutura na parte social, fazer quadras e melhorar os campos. No Balsan falta estrutura no bairro. Mas acho que junto com o prefeito Miguel Haddad [PSDB] nós vamos conseguir.” O vereador eleito foi até a Câmara, na semana passada, para se inteirar do regimento interno. Com as novas atribuições, Márcio já contratou um substituto para seu salão. |
Pastor reeleito como vereador comemora 235 votos a mais que em 2004
Roberta de Sá
Há apenas seis anos em Jundiaí, o pastor Roberto Conde Andrade, 40, vai assumir pela segunda vez uma cadeira na Câmara.
Ele foi reeleito pelo PRB com 2.650 votos e ficou em 11ª na lista dos mais votados. Foram 235 votos a mais que em 2004.
O carioca que veio à cidade para ser pastor da Igreja Universal, depois de passar por várias cidades do Estado de São Paulo, nem político era. Entretanto, apostou que seu trabalho social lhe renderia votos em Jundiaí e partiu para sua primeira eleição.
“Surgiu o desejo e já consegui ganhar mesmo sendo recém-chegado à cidade”, fala, sem atribuir seus votos aos fiéis da Universal.
“A minha igreja não se intromete na política. Não
há incentivos, nem econômicos”, diz.
No entanto, ele acredita que o fato de outros membros da igreja terem saído candidatos pulverizou os
votos. O pastor esperava ganhar com mais de quatro
mil votos.
“Fiquei conhecido e fiz projetos como o de controle à dengue e de controle da obesidade infantil, que me deram visibilidade. Eu previa, pelo menos, dobrar a minha votação.”
Conde quer sair do segundo mandato com a presidência da Câmara no currículo. Outro objetivo é ficar mais conhecido para alcançar outras cadeiras.
“Tenho a pretensão de chegar a deputado e a prefeito”, destaca.
Pastor está seguro para mudar
Em seu segundo mandato, Roberto Conde pretende ser um “novo homem” na Câmara, como se classifica para 2009. De vereador que pouco debate, ele quer passar a ser o “cara” de grandes discursos na tribuna.
“Até agora eu mais ouvi e falei pouco, porque não conhecia muito a cidade e o trabalho do Legislativo”, afirma. “Hoje estou mais interado e vou mudar”, diz ele, que se considera um conhecedor de Jundiaí depois de quatro anos por aqui.
O vereador também pretende fazer um mandato mais técnico, ou seja, quer buscar a ajuda de setores para realizar projetos.
Conde, em seu primeiro mandato, recebeu da ONG Voto Consciente nota 4,4 e ficou em 10º lugar no ranking feito pelo grupo, que avaliou os trabalhos dos vereadores e deu notas de zero a dez para suas performances.
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