segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Opositores seguem ativos um ano depois da eleição

Segunda-feira, 05 de outubro de 2009 00:15
Derrotados por Miguel dizem que política não depende de cargos

José Arnaldo de Oliveira
Agência BOM DIA

Em 5 de outubro de 2008 as urnas revelaram grande número de votos brancos e nulos e uma vitória apertada em primeiro turno do prefeito Miguel Haddad (PSDB). Os opositores de então continuam ativos e vivem momentos diferentes.

“Minha militância política vem desde o início dos anos 90. Só tive mandato de 2004 à 2008 e desde o começo aprendi que a ação pode ser feita com ou sem cargo eletivo”, diz o ex-vereador Gerson Sartori (PT), sindicalista e atual presidente da Comissão Municipal de Emprego.

Transformações ainda mais fortes viveu Pedro Bigardi (PC do B), hoje deputado estadual. “Sendo quarto suplente sabia da possibilidade de assumir. Nestes seis conseguimos recursos fundamentais para entidades e prefeituras e elaboramos leis.”

Ativista cultural, Vanderlei Victorino, o B.A. (PSOL) diz que que as eleições trouxeram lições. “A igualdade é afetada pelo poder financeiro. Entender melhor é importante para movimentos culturais e populares.”

Calendário
Quando: 18 de dezembro é o último dia para os tribunais eleitorais designarem juízes auxiliares

Prefeito atinge marca histórica
O prefeito Miguel Haddad (PSDB), que segundo a assessoria estava com agenda lotada na sexta-feira e não conversou com o BOM DIA, conseguiu duas marcas históricas. A primeira foi a continuidade de 20 anos de governos do partido em Jundiaí (e seu terceiro mandato). A segunda é a entrega do primeiro Orçamento acima de R$ 1 bilhão (para 2010).

Mas a data lembra de um ano sem conclusão de todos os processos judiciais no STF (Supremo Tribunal Eleitoral) pedidos pela oposição contra as eleições.

B.A., por exemplo, diz que “a morosidade da Justiça aliena o cidadão”.

“Defendo maior rapidez na Justiça, mas a vida continua”, afirma Sartori (PT).

Para Bigardi (PCdoB), “se fossem julgados no momento seria mais adequado.”


Crítica fortalece democracia na região
Para B.A., as reações contra o preconceito dos moradores do São Camilo mostram que a política cotidiana está forte. “Tem artista, tem trabalhador, tem intelectual que mora lá. E lembro ainda dos casos do movimento negro e da linha popular do governo de Várzea Paulista como contraponto”, afirma.

Ele cita o caso de professores locais participando da conferência estadual de educação, que não interessou ao governo, como parte dessa participação.

O petista Gerson Sartori, apesar de afastado de cargos eletivos, tem levantado algumas bandeiras. Por exemplo, tem feito campanha quase que diária para que Jundiaí seja uma das paradas do TAV (Trem de Alta Velocidade) que vai ligar Campinas ao Rio de Janeiro.

E Pedro Bigardi, vendo o que chama de “falta de participação da comunidade no governo conservador”, diz que busca abrir canais para oxigenar os projetos políticos locais.

“O projeto do parque da serra, por exemplo, tem o objetivo de permitir a relação entre os diversos municípios envolvidos”, afirma.

fonte: BOMDIA

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