quarta-feira, 8 de abril de 2009

Discussão sobre obras abala base e Executivo

SESSÃO QUENTE

25/3/2009

RUI CARLOS UNIÃO Oposição e situação ficaram favoráveis ao projeto de Durval Orlato

UNIÃO Oposição e situação ficaram favoráveis ao projeto de Durval Orlato

O projeto de lei complementar, do vereador Durval Orlato (PT), para suspender novas obras de grande porte na cidade até a discussão do Plano Diretor deflagrou racha entre a base aliada da Câmara e o Executivo de Jundiaí.


O mal-estar entre poderes foi exposto em debate no Plenário, na sessão ordinária do Legislativo, ontem. A discussão começou logo no início dos trabalhos. O presidente José Galvão Braga Campos, o Tico (PSDB), paralisou a ordem do dia e ficou reunido por quase uma hora com toda a base aliada - inclusive os pedetistas Fernando Bardi e José Dias. Os 14 vereadores receberam pressão do Executivo para reprovar a iniciativa do petista, segundo apurou o JJ Regional.

No retorno ao Plenário, Orlato pediu o adiamento da votação do projeto que suspenderia temporariamente as construções de conjuntos, condomínios e vilas que ultrapassem 4 mil m² (horizontais), 3 mil m² (verticais) e construções comerciais e industriais que ultrapassem 2 mil m².

A suspensão iria até a votação de uma nova edição do Plano Diretor, que tem limite até janeiro do ano que vem para ser enviado da Prefeitura ao Legislativo. Durante este período, a Câmara deveria autorizar cada projeto específico, exigindo estudos de impacto de vizinhança, impacto no trânsito, ambiental, plano de investimento e contrapartida e até projetos de engenharia da edificação. Caso aprovada a proposta, entendem membros do Executivo, o crescimento de Jundiaí ficaria ´engessado´ e ´obstruído´. "A proposta foi feita em virtude de diversos empreendimentos sem impacto ambiental e de vizinhança que são feitos na cidade", justificou Orlato, na Tribuna. "Peço o adiamento para ampliar a discussão e receber sugestões", afirmou.


União legislativa - Surpreendentemente, os vereadores situacionistas passaram a se manifestar em favor da iniciativa do parlamentar de oposição. Um claro recado às tentativas oriundas da Prefeitura em influenciar os votos. "Não vejo a situação como as manchetes de hoje quiseram afirmar em alguns jornais que os investimentos na cidade ficariam parados. Votarei pelo adiamento, mas para discutir e colaborar com o projeto", iniciou o líder do PSDB na Câmara, Júlio César de Oliveira.

O pronunciamento do tucano foi seguido de discurso na mesma linha do petebista Enivaldo de Freitas. "Não vai engessar a cidade. É projeto importante, temos que estudar com urgência e ver como podemos melhorar", destacou. O pedetista Bardi repetiu a afirmação que "o projeto não vai engessar o crescimento da cidade". "É bom que o cidadão que vai fazer obras pequenas também saiba disso", salientou.

Ficou para o presidente Tico o encerramento da série de cutucões ao Executivo. Mas, sua investida foi de forma sutil e indireta. O tucano também se referiu a reportagens publicadas em jornais locais que falavam da possível obstrução de obras na cidade. "Se o projeto fosse votado antes, talvez tivêssemos hoje uma contrapartida da empresa MRV em obra na Ponte São João", disse, em referência a empreendimento que, segundo ele, vai estagnar o trânsito na região, seu principal reduto eleitoral. Veja link abaixo


THIAGO GODINHO

fonte: JJ

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