segunda-feira, 26 de julho de 2010

Saiba quanto os políticos dizem que vão gastar

A estimativa de gastos dos candidatos de Jundiaí a deputado estadual está entre R$ 250 mil e R$ 600 mil. Para chegar à Câmara Federal, o valor de campanha previsto vai de R$ 50 mil a R$ 900 mil . Os custos divulgados ontem pelos políticos locais são bem inferiores aos limites informados pelos partidos ao Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo (TRE-SP). A relação de gastos das legendas, divulgada na última sexta-feira, mostra que algumas campanhas poderão chegar a R$ 5 milhões. A maior parte do investimento, segundo os candidatos, será para a confecção de materiais gráficos.

Na cidade, o concorrente que prevê um custo menor de campanha - R$ 50 mil - é o médico Antônio Pacheco (PPS). Ele busca uma cadeira na Câmara Federal. "Estimo esse valor porque não tenho como investir. Vou gastar o que posso", disse. Segundo ele, o recurso, por ser pouco, será usado para a confecção de ´santinhos´ e para os pagamentos de pessoas e do imóvel alugado para servir de comitê.

Já quem estima o maior valor para se eleger deputado federal é o vice-prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB). Ele informou gastos entre R$ 800 mil e 900 mil. "É um limite bem folgado porque não podemos declarar uma quantia e depois ter mais gastos", ressaltou.

Abaixo do tucano na lista, aparece o ex-vereador e sindicalista Gerson Sartori (PT), que também busca vaga na Câmara Federal. Cerca de R$ 600 mil serão utilizados pelo petista em busca de votos até as eleições. Os candidatos a deputado federal, sindicalista João Henrique dos Santos (PDT) e vereador Durval Orlato (PT), esperam investir R$ 500 mil e R$ 250 mil, respectivamente. O empresário Eduardo Palhares (PV), candidato a federal, informou, por meio de sua assessoria, "que não finalizou o orçamento" de campanha.

Estaduais - Entre os candidatos à Assembleia, a média de custos estimada pelos candidatos está entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. "Está difícil conseguir doadores nos dias de hoje. Vamos gastar por volta de R$ 350 mil ou até menos", frisou o presidente do PSB, Oswaldo José Fernandes, que tem como candidato o empresário Cristiano Lopes.

A média de gastos em cerca de R$ 300 mil foi confirmada ontem pelo deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB), por meio de sua assessoria. O ex-prefeito Ary Fossen (PSDB) prevê um gasto maior em relação aos demais adversários. A assessoria do tucano declarou que a campanha para deputado estadual deve custar em torno de R$ 600 mil.
Apenas quatro concorrentes não souberam estimar o valor de suas campanhas. Eles afirmaram que ainda estão fazendo os levantamentos.

Em SP - Os partidos, em São Paulo, declararam à Justiça Eleitoral, custos de campanha entre R$ 25 mil e R$ 5 milhões para deputado estadual. PT e do DEM estipularam teto de R$ 3 milhões, enquanto os do PSDB e do PMDB orçaram a corrida eleitoral em R$ 2,5 milhões. A menor quantia foi prevista pelo PCO (R$ 25 mil). Para os aspirantes à Câmara Federal, a maior parte dos partidos estima custo entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões.

Além de produzir materiais gráficos, como ´santinhos´ e panfletos, os candidatos investem em faixas, cartazes, contratação de mão de obra e aparelhagem sonora. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os políticos podem conseguir as verbas para as campanhas através de doações que podem ser feitas com recursos do próprio candidato, de pessoas físicas e jurídicas e de outros candidatos, comitês financeiros ou partidos políticos.

Recursos podem ser obtidos através de repasse do Fundo Partidário e da comercialização de bens ou da realização de eventos. As doações precisam ser declaradas ao TSE. A legislação prevê multa de cinco a 10 vezes a quantia gasta em excesso para o candidato que ultrapassar o teto informado à Justiça Eleitoral.

ROBERTA DE SÁ
7/10

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