quarta-feira, 12 de maio de 2010

Filarmônica de Jundiaí estreia sábado #culturajundiaiense

Grupo com 34 músicos, que surge a partir da Camerata, faz o primeiro concerto na Sala Glória Rocha, às 20h, a R$ 5.

Em 15 de maio de 2007, quatro músicos reuniram-se para a formação da Camerata Jundiaí, já com os olhos no futuro e intenção de criar uma orquestra filarmônica.

Neste sábado, coincidentemente 15 de maio, após três anos desde aquela primeira reunião, o objetivo será cumprido com o concerto de estreia da Orquestra Filarmônica de Jundiaí, às 20h, na Sala Glória Rocha, a R$ 5.

A orquestra, formada com 34 músicos de Jundiaí e de cidades da região, com idades entre 19 e 41 anos, surge sem patrocinadores nem apoio do poder público. É resultado da paixão pela música e a vontade deste grupo em mostrar que Jundiaí tem profissionais preparados e capacitados.

“É muito ruim a cidade não ter uma orquestra filarmônica”, diz o maestro e diretor artístico Gesse Araujo, 41 anos. “Os músicos são mal vistos fora daqui porque ninguém acredita que não há uma filarmônica em uma cidade deste porte.”

O nome vem de filantropia, é uma orquestra mantida por fundações, empresas etc. É diferente da sinfônica, mantida pelo poder público.

Neste grupo que se inicia, a responsabilidade é do Instituto Camerata, criado em março. “No futuro pretendemos trabalhar em linha de atenção às escolas e participar de projetos municipais e federais.”

Orquestra trabalha com erudito e contemporâneo
No concerto de estreia, a Orquestra Filarmônica de Jundiaí mostra um repertório erudito, mas o projeto de formação do grupo vai além. O diretor artístico, Gesse Araujo, pretende incluir até rock sinfônico e ópera rock.

“O fato de sermos uma orquestra filarmônica permite esta liberdade”, explica. “Nossa intenção é fazer um trabalho variado, inclusive com música contemporânea.”

Sábado, na Sala Glória Rocha, os músicos executam "Rosamunde” (abertura), de Schubert, e “Coriolan” (abertura), de Beethoven.

As peças serão executadas por músicos com a seção de cordas tradicional, formada por músicos de violino, violoncelo, viola de concerto e contrabaixo e a seção de sopros e palhetas, com instrumentistas de flauta, clarine-te e até oboé, um instrumento raro.

Outros instrumentos raros, que fazem parte da formação mas não têm na orquestra por falta de músicos, são o fagote e a trompa.

“O único que tocava fagote em Jundiaí é o Fábio Cury, que deixou a cidade faz tempo”, diz Gesse. “Por aqui também não há trompista, não tem nem professor. No concerto substitui-remos este instrumento por dois saxofones altos.”

A seção de sopros da orquestra será completada por músicos de trompete, trombones e tuba. Um músico convidado irá tocar tímpano, instrumento de percussão.

Concerto de estreia
Quando: sábado, às 20h
Onde: rua Barão de Jundiaí, 1.093
Quanto: R$ 5

Cidade tem histórico em grupos musicais
A formação da Orquestra Filarmônica de Jundiaí é vista com bons olhos entre músicos. A educadora musical Josette Feres, 76 anos, uma das mais conceituadas na área, diz que é muito importante o início de outro grupo musical.

“Acho ótima, é oportunidade para jovens que estudam fazerem música”, afirma. “Quem faz música gosta quando faz em conjunto.”

Ela lembra que o piano é um instrumento solitário e, com ele, é possível fazer o que faz uma orquestra inteira (desde que em peças para piano). O que não ocorre com instrumentos como flauta, por exemplo, que exigem acompanhamento.

Em Jundiaí, existem outras orquestras em atividade. As mais conhecidas são a Orquestra de Câmara de Repertório, da EMJ (Escola de Música de Jundiaí), e Orquestra Oficina de Concerto, regida por Silvia Carla Garcia.

“São filarmônicas também, mas têm outros nomes”, diz.

No histórico da cidade teve grupos conhecidos, como a Orquestra Sinfônica Jovem de Jundiaí, de 1978 a 1992.


Gláucia Mazzei
Agência BOM DIA

fonte: BOMDIA. publicado em: 12/5/10

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