quinta-feira, 11 de março de 2010

Dúvidas sobre o apoio para eleição presidencial

Uma situação inusitada e que vai exigir articulação por parte dos vereadores será criada assim que a campanha presidencial começar este ano: sete dos nove partidos representados no Legislativo jundiaiense vão compor a base de apoio para a candidatura à presidência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Numa Casa em que a maioria dos parlamentares integra a sustentação do governo tucano no município, os próprios parlamentares têm dúvidas sobre como vão agir. PSDB e PV são os únicos com papel definido: o primeiro deve reafirmar o nome do governador José Serra, enquanto o segundo aposta na senadora Marina Silva.

O caso mais complicado é dos peemedebistas, já que o presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer, tem chances de ser o vice de Dilma nas eleições de outubro. "Não sei o que farei", comenta a vereadora Ana Tonelli (PMDB). "Em São Paulo, sou Serra e o Quércia (presidente estadual da legenda), que pode concorrer a senador, também apoia o PSDB. Mas em Brasília, o Temer pode fazer campanha com a Dilma." Há 27 anos no Legislativo, Ana descarta a possibilidade de concorrer, novamente, como deputada.

A parlamentar pretende manter a decisão de ficar ao lado dos tucanos. "Se o candidato ao Governo do Estado for o (Geraldo) Alckmin, meu apoio é dele. Para a presidência, também devo seguir a decisão do PMDB estadual." Presidente do PTB em Jundiaí, Ari Castro avalia que, dentro do próprio partido, os posicionamentos ainda estão indefinidos. "Existe uma divisão entre Serra e Dilma e em Jundiaí isso não é diferente", diz. Para Ari, o PTB - que já confirma o vereador Enivaldo Ramos de Freitas, o Val, como candidato a deputado federal - deve respeitar as peculiaridades de cada Estado e município. Assim, o caminho seguido pela direção nacional pode não se refletir em todo o País.

"Para nós não muda nada. O partido nacional pode decidir pela Dilma, mas os Estados apoiarem outros candidatos." Durval Orlato (PT) comemora o fato de que, pela primeira vez, uma candidata do PT terá o apoio da maioria na Câmara. Para ele, as siglas deveriam seguir a posição da direção nacional. "Este ano houve uma inversão e a maioria apoia o PT. É um grande ganho para o partido porque, no mínimo, os candidatos destas legendas não poderão pedir voto para o Serra." Em Várzea Paulista, o prefeito Eduardo Pereira (PT) também está engajado na vitória da ministra. Ele participou, anteontem, de uma reunião da coordenação nacional dos prefeitos do PT, em Brasília, na qual as estratégias de campanha foram debatidas.

ROBERTA BORGES

fonte: jj

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