Domingo, 27 de dezembro de 2009 - 22:07
Cetesb estuda reclassificação da bacia com novo tratamento até 2012
José Arnaldo de Oliveira
Agência BOM DIA
Um esforço iniciado em 1982 chega finalmente à sua reta final com o tratamento de esgotos em toda a bacia do rio Jundiaí até 2012.
“A gente era bem jovem e discutia cinco anos para fazer tudo. Mas a primeira estação de tratamento aqui saiu apenas em 1998”, afirma o gerente regional da Cetesb (Companhia Estadual de Meio Ambiente), Domênico Tremarolli.
O compromisso de dois ou três anos para a instalação do tratamento em Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista pela Sabesp é o motivo para a retomada.
“Como cidadão e trabalhador da área imagino que será um grande avanço.”
Em Salto, a estação começou a funcionar neste ano. Em Indaiatuba, o início das operações de testes aconteceu neste mês. E a conclusão das obras da estação de Itupeva está prevista para até 2011.
Reclassificação
Os reflexos dessa mudança começam a acontecer no Comitê das Bacias do rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí com a perspectiva de 100% de esgoto tratado na bacia do rio Jundiaí.
“Estamos na classe 4 e o plano em discussão já considera a demanda de melhoria para classe 3. Envolve trabalhos e estudos em cada trecho municipal. A partir disso, o desafio dos sistemas públicos municipais vai ser adotar novos parâmetros, incluindo a performance de tratamento. E vai, a médio prazo, mexer com empresas e moradores”, avisa.
Sua definição sobre esse cenário é uma frase bem popular. “Daí vai mudar o rumo da prosa.”
Um dos efeitos da despoluição do rio é a demanda para revitalizar margens e córregos secundários, como ocorre atualmente nos planos para parques lineares nas margens dos rios em Jundiaí, Várzea Paulista e Itupeva.
Estudo alerta limites da ETEJ
Estudo com dados entre 2006 e 2008, realizado pela engenheira ambiental Caroline Suidedos na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) indicou que parte dos resíduos domésticos e industriais de 103 municípios trazidos para a ETEJ (Estação de Tratamento de Esgotos de Jundiaí) era inadequada ao tratamento local, com riscos ao processo e ao rio.
O gerente regional da Cetesb, Domênico Tremarolli, confirma o limite. “O licenciamento de 20 anos foi feito para quatro módulos e implantaram dois. Está indo para o terceiro, mudando o conceito dos tanques.”
Sobre a performance de 95%, confirma que “sobra um tiquinho. Mas no lixo e resíduos hospitalares também usamos outras cidades.”
Monitoramento será estadual, afirma DAE
A empresa municipal DAE, que cobra a taxa de esgotos para o consórcio da CSJ (Companhia de Saneamento de Jundiaí), afirma que o processo é monitorado pela Cetesb.
Além de atuar nos mananciais do rio Jundiaí-Mirim e agora nos do rio Capivari (incluindo recursos do Comitê PCJ), a empresa é parceira da própria CSJ e da Opersan na pesquisa de uso agrícola do lodo de esgoto.
fonte: BOMDIA
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