segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fila de supermercados será assunto na Câmara Municipal

JUNDIAÍ

8/6/2009


FABIANO MAIA Gustavo Martinelli quer convencer vereadores a derrubar veto ao seu projeto

Gustavo Martinelli quer convencer vereadores a derrubar veto ao seu projeto

O veto total ao projeto de lei do vereador Gustavo Martinelli (PSDB), que exige o estabelecimento de limite de tempo para atendimento nos caixas de supermercados da cidade, está entre os itens que serão votados na sessão de amanhã da Câmara Municipal.

Procurado pela reportagem do Jornal de Jundiaí Regional, o tucano disse que vai defender seu projeto. "Vou procurar os colegas que apoiaram a minha iniciativa para derrubar mais este veto. Afinal de contas, o projeto é para a população e não há nada de errado com ele". O legislador disse, ainda, que o projeto ´é constitucional´ e recebeu parecer favorável da Comissão de Justiça e Redação. "O projeto antifila gera empregos, porque obriga as lojas a contratar mais atendentes. É comum ver poucos caixas abertos, enquanto as pessoas esperam na fila."

Martinelli foi procurado pelos representantes das redes Superbom, Elias, Paulistão, Coopercica e Russi para rever o projeto e até colheu algumas sugestões. "Caso consigamos derrubar o veto, vou preparar um projeto de lei complementar para incluir as sugestões que me foram dadas, como por exemplo, que a lei valha apenas para estabelecimentos que tenham mais de cinco caixas, entre outros detalhes."

O projeto entrou na pauta pela primeira vez em março deste ano, teve sua votação adiada e voltou ao plenário no dia 28 de abril, quando foi aprovado. Na época, recebeu apoio de quase todos os parlamentares.

Outro lado - Na opinião do diretor-presidente da Coopercica, Orlando Marciano, o projeto não foi bem redigido. "Ele (Martinelli) é um vereador jovem e teria de ter pensado nos dois lados da questão", disse Marciano, à época. O dirigente afirmou que ficou sabendo da iniciativa do vereador por meio da imprensa e não acreditava que ela fosse prosperar. "Estão jogando uma responsabilidade sobre os supermercados que é cultural no brasileiro, ou seja: deixar tudo para a última hora. Não há como controlar filas em vésperas de feriado, por exemplo", afirmou. Marciano ressaltou que a "medida direcionada às grandes redes" pode afetar o trabalho dos supermercados menores da cidade.

Para a advogada da rede Russi, a idéia só aumenta a dificuldade de atuação do comércio. "Não é função da empresa cronometrar o atendimento, como se fosse uma linha de produção", comparou. "É difícil e pode gerar perda de qualidade no atendimento."A reportagem procurou o representante da Coopercica para saber se o grupo de supermercadistas pretendiam ir iriam ao plenário para pedir a manutenção do veto, mas ele não foi localizado.

Outros projetos - Outro veto que está na pauta é ao projeto de Enivaldo Ramos de Freitas (PTB), o Val, que exige balcão de atendimento ao público em repartições públicas e câmeras de monitoramento. Na pauta também há o projeto de lei de autoria de Val, que altera lei para prever a distribuição de cópias do Estatuto da Criança e do Adolescente aos pais de alunos. O parecer contrário da Comissão de Justiça e Redação ao projeto de José Dias (PDT), que exige a instalação de desfibriladores na Câmara Municipal também está na pauta.

O projeto de Fernando Bardi (PDT) exige a coleta seletiva de lixo e medidas de educação ambiental para obtenção de licença ou autorização para realização de eventos. O também delegado Paulo Sérgio Nartins (PV)_tem projeto de lei que regulamenta a contratação de serviço de vigilância pelas casas noturnas de Jundiaí. Os vereadores Sílvio Ermani (PV), Fernando Bardi e Roberto Conde Andrade (PRB) apresentaram um projeto de denominação cada um. Já Ana tonelli (PMDB) e José Dias (PDT) fizeram moções.

THALITA BITTENCOURT

fonte: JJ

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