quarta-feira, 13 de maio de 2009

Moradores da Ponte dão alternativas a desapropriação

Quarta-feira, 13 de maio de 2009 11:01
Vereadores também levam propostas para melhorar trânsito a serem estudadas

Julianna Granjeia
Agência BOM DIA

Cerca de 60 moradores das ruas Coronel Antônio Mendes Pereira e Alécio Zomignani, na Vila Graff e Ponte São João, respectivamente, protestaram nesta terça-feira à noite contra a desapropriação das casas na região para construção de uma passagem de nível.

Os moradores se reuniram com os vereadores Durval Orlato (PT) e José Dias (PDT), na rua Coronel Antônio Mendes Pereira, e apresentaram uma alternativa ao projeto da prefeitura.

Também foi feita a coleta de assinaturas para um abaixo-assinado que já conta com o apoio de 500 pessoas da região. O documento será protocolado na prefeitura, na Câmara e no Ministério Público.

“Esse túnel que a prefeitura quer fazer vai sair em um barranco. Se não for estudado melhor, será um elefante branco”, diz o comerciante Orival Mantovani.

Ele propôs um viaduto em cima do rio Guapeva, na rua Ernesto Diederichsen, onde o vereador Durval propõe uma curva de nível, com duas passagens.

O vereador gostou do projeto de Orival, mas ressaltou que é preciso resolver outro problema, além da não-desapropriação.

“Temos que pensar no trânsito também. Vou levar a idéia do Orival para um engenheiro. Mas sem a informação sobre o fluxo viário fica difícil definir um projeto”, disse Durval, que teve um requerimento solicitando essas informações rejeitado pela Câmara nesta terça-feira.

O vereador José Dias também apresentou uma proposta alternativa aos moradores. “Poderia aproveitar a rotatória que será construída na avenida Frederico Ozanan e fazer um ponte lá ligando as vilas Joana e Aparecida até o Caxambu, sem precisar desapropriar casas.”

Emoção e indignação
A professora Miriam Marinho, que mora há 32 anos na Vila Graff, se emocionou ao falar do assunto.

“Eu não consigo mais trabalhar direito de nervoso pensando na minha casa. Não sou especialista, mas sei que já existem pelo menos três alternativas de projeto para essa obra que não precisa desapropriar as casas daqui.”

O aposentado Emílio Antonio Trevisan, de 95 anos, mora há 59 na rua Coronel Antônio Mendes Pereira e não quer deixar o bairro.

“Muitos idosos moram nesta rua e como vamos reconstruir a vida em outro lugar nessa altura? Estamos no fim da vida, Somos todos irmãos na rua, queremos ficar aqui em paz.”

fonte: BOMDIA

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