quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Câmara aperta o cinto e tenta reduzir seus gastos

HORAS EXTRAS
21/4/2009
RUI CARLOS Diretoria financeira da Câmara, comandada por Djair Bocanella, prega redução de custos com servidores
Diretoria financeira da Câmara, comandada por Djair Bocanella, prega redução de custos com servidores
A crise econômica mundial e o debate nacional sobre o inchaço e gastos dos Legislativos fazem com que a Câmara de Jundiaí tente conter os custos mensais. A medida foi iniciada pela proposta de redução das horas extras de servidores que, em 2009, já consumiram R$ 57,3 mil dos cofres da Casa.

Após iniciar a nova legislatura com custo de R$ 21 mil em janeiro, o consumo com horas extras teve ligeira alta em fevereiro: R$ 23,9 mil. Nos 30 dias seguintes, porém, o ´efeito crise´ já cortou 48,1% do valor liberado no período anterior. Em março as horas extras somaram R$ 12,4 mil.

Em 2009, o repasse da Prefeitura ao Legislativo pode chegar aos R$ 19,8 milhões. A Câmara de Jundiaí conta com 145 funcionários - não inclusos os 16 vereadores. "Poderia se gastar até 70% de seu orçamento com pagamento de pessoal, mas a Câmara gasta bem menos, entre 50 e 60%", destacou a Diretoria Financeira, através de nota enviada pela assessoria de imprensa. "Em relação ao Orçamento Municipal, a Câmara utiliza cerca de um terço daquilo que poderia utilizar."

Viagem a Santos - Uma viagem de cinco dias a Santos com a presença de vereadores de Jundiaí na 53ª edição do Congresso Estadual de Municípios, no início de abril, custou R$ 6,7 mil à Câmara. Individualmente, Sílvio Ermani (PV), Mingo Fontebasso (PSDC), Roberto Conde (PRB) e José Dias (PDT) gastaram R$ 335 em cada dia do evento. Foram somadas as taxas de inscrição, viagem, hospedagem e alimentação. "Foi uma grande experiência", analisou Ermani. em entrevista ao JJ Regional publicada à época.

O controle de uso dos 20 automóveis da frota disponível aos políticos - 18 Gols e dois Pólos Sedan - é baseado nos relatórios de responsabilidade de cada parlamentar. "Os deslocamentos para outros municípios dependem da autorização de cada vereador."

No dia-a-dia da Casa, os motoristas tabulam informações sobre a utilização de veículos, com dados sobre origem, destino, usuário, quilometragem de saída e chegada e horários dos serviços prestados.

Medidas - Além da redução das horas extras, outras medidas de economia na Câmara estão voltadas ao chamado ´gasto consciente´. "Há o pensamento do não-desperdício, tanto que não existe para os vereadores qualquer pagamento pela participação em sessões extraordinárias, telefone celular ou verbas de gabinete", elenca a assessoria. "O controle se observa inclusive nas ligações interurbanas, que passam pelo controle da central de PABX", diz a nota.

THIAGO GODINHO
fonte: JJ

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