Dois anos depois, as piores UBSs continuam na mesma situação

Pacote de obras prometido pela Secretaria da Saúde não sai do papel e unidades continuam em estado precário

Julianna Granjeia

Às vésperas de completar dois anos da divulgação, pela Secretaria da Saúde, de um pacotão de obras para socorrer as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Jundiaí, os três piores postos continuam na mesma situação. E mais: em reportagem publicada pelo BOM DIA em janeiro de 2007, o vice-prefeito, na época também secretário da Saúde, Juca Rodrigues, disse que a prioridade era construir uma nova unidade para o Jardim Guanabara, já que a reforma do imóvel alugado na rua Cacilda Becker seria inviável. Até hoje isso não ocorreu. A atual secretária da Saúde, Márcia Dobarro, explica que houve um problema ambiental com o terreno onde seria construída a unidade. “Passa um córrego pelo local. Só após a obra de canalização do córrego terá início a construção da UBS.” As outras unidades em estado crítico que não tiveram o cronograma cumprido são as da Rui Barbosa e Aparecida. Burocracia atrapalha obras A secretária Márcia Dobarro afirma que as obras em UBSs estão previstas no Plano Plurianual de Jundiaí, planejado para o período de 2005 e 2009. “As obras que não ainda não foram iniciadas serão feitas no ano que vem porque já estão previstas no Orçamento. O que atrasa muito a entrega de obras é o processo licitatório, que é muito burocrático e demorado.” Márcia também explicou que foi dada prioridade para as UBSs que não tinham sede própria. “Nós preferimos construir a da Santa Gertrudes, que ficava em uma casa alugada e sem estrutura, do que a da Agapeama, por exemplo.” A secretária lembra que outras obras estão em andamento. “Para o ano que vem estão previstas as construções da UBS Jundiaí-Mirim, do Centro de Referência em Odontologia e a reforma do banco de leite do HU [Hospital Universitário].”