"Quando eu era um garoto, eu já participava da política", conta Cid
Mais do que votar, o secretário da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e Região, Cid de Jesus Tavares, aos 72 anos, é um militante. Toda eleição, ele veste a camisa de um candidato e sai em campanha. "Sou envolvido desde criança. É paixão que está no sangue. A minha avó era comunista e falava muito sobre política."
Como militante, ele lembra que começou a atuar na década de 1950. "Eu andava pelas ruas de Boa Esperança do Sul (interior de São Paulo), distribuindo papelzinho com o número do meu pai, que era candidato a vereador. Dei sorte e ele ficou no cargo por quatro anos."
Ao chegar à fase da juventude, com o sonho de uma país igualitário, Cid fez sua primeira filiação. Foi para o partido comunista. "Em 1962, antes do golpe militar, resolvi que era a hora de assumir uma cadeira. Saí candidato junto com o ex-vereador Antonio Galdino para a Câmara de Jundiaí."
Antes mesmo do pleito, o aposentado acabou preso pelos militares. "Ah, não deu muito certo. Eu era um garotão. Fui parar atrás das grades e acabei processado. Depois de ser absolvido, como eu tinha filhos pequenos, dei um tempo e cheguei a sair da cidade. Parei daí com a ideia de ser candidato a algo."
Ao se aposentar, há 15 anos, o espírito militante voltou a falar mais alto e Cid, além de entrar na Associação dos Aposentados para lutar pela categoria, voltou a se filiar a um partido político. "Todas as eleições, eu saio nas ruas, pois é algo que adoro. Acho que até morrer vou votar e me envolver com a política", finaliza.
fonte: JJ, publicado em 20/06/10
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