terça-feira, 2 de março de 2010

Plano Diretor vai para a Câmara em abril

>FUTURO DA CIDADE

26/3/2010

MATEUS VIEIRA Araken Martinho, presidente da Comissão do Plano Diretor:

Araken Martinho, presidente da Comissão do Plano Diretor: "O assunto é complexo e precisamos de tempo"

A Câmara de Vereadores de Jundiaí só terá acesso à revisão do Plano Diretor do município após o dia 8 do próximo mês. A informação foi confirmada ontem pelo secretário de Planejamento e Meio Ambiente da cidade, Jaderson Spina. De acordo com ele, a comissão criada para analisar a proposta vai precisar de mais três reuniões para concluir o trabalho. Além de uma audiência pública a ser marcada pelo Legislativo local, Spina afirmou que o Plano Diretor também estará na internet para consulta pública.

A princípio, o plano deveria ser encaminhado à Câmara na próxima terça-feira (30). "Não teremos como fazer isso. A comissão está um pouco atrasada por conta da mudança de presidente, em dezembro. Houve essa dificuldade para se acertarem e, por conta disso, nos pediram que esperássemos mais um pouco", destacou Spina. O secretário contou ainda que havia a possibilidade de enviar a proposta no prazo anteriormente definido.

"O prefeito nos pediu que adiantássemos o envio (à Câmara). Queríamos mandar o Plano Diretor sem análise para discussão da Câmara, mas a comissão fez questão. O problema é que em mais duas reuniões eles não conseguiriam concluir, por isso serão necessários mais três encontros. Esse período maior não vai nos atrapalhar em nada", garantiu.

O presidente da Comissão do Plano Diretor, arquiteto Araken Martinho, explicou que a complexidade do assunto requer um tempo maior para avaliação. "A comissão escolheu um grupo técnico, que terá a liberdade para trabalhar e apresentar a proposta. Precisamos de tempo para avaliar com cuidado", reforçou.

Mudanças - Uma das alterações propostas na revisão do Plano Diretor causou polêmica e terminou retirada. Ela tratava da modificação da classificação do zoneamento de área próxima à Serra do Japi para adequar a existência de uma pedreira - no local há mais de 50 anos. "Estamos preocupados com o que pode acontecer se o zoneamento for aprovado como está sendo sugerido", alertou Fábio Storari, presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), em entrevista ao JJ Regional na edição de sábado passado.

Na ocasião, Storari afirmou que mudar de área de proteção para 'industrial', na extensão onde, além da pedreira, existem outras empresas, poderia criar um centro industrial no local. "Já imaginou empresas no pé da Serra?", indagou. O próprio secretário de Planejamento e Meio Ambiente informou, na época, que não concordava com as modificações no zoneamento na região da serra.

"Queríamos regularizar a pedreira, mas ela está no setor de gestão da serra e não no de produção. O Conselho Gestor da Serra do Japi nos pediu que fizéssemos essa discussão em outro momento. Por isso, elas serão estudadas quando se iniciar a discussão da Lei Complementar nº 417, que cria o Sistema de Proteção das Áreas da Serra do Japi", destacou Spina.

EMERSON LEITE

fonte: JJ

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