sábado, 6 de março de 2010

Cidade Democrática pede audiência

>PLANO DIRETOR

18/3/2010

RUI CARLOS Público foi escutado durante audiência no auditório da DAE.  Técnicos da Secretaria deram esclarecimentos à população

Público foi escutado durante audiência no auditório da DAE. Técnicos da Secretaria deram esclarecimentos à população

Representantes do Comitê Cidade Democrática (www.cidadedemocratica.com.br) solicitam uma nova audiência pública para o debate da revisão do Plano Diretor, antes que o projeto que trata o tema chegue ao Legislativo. Porém, a Prefeitura informou, ontem, que deve aguardar a audiência organizada pela Câmara, descartando a possibilidade de haver mais um evento aberto ao público antes disso. Para fortalecer o pedido, voluntários que atuam no Comitê e na ONG Voto Consciente promovem, no sábado, um abaixo-assinado no Centro, em frente à Casa da Cultura.

Com 2,4 mil assinaturas em mãos, eles pretendem atingir a meta de 3 mil apoios e, assim, protocolar a solicitação no Executivo. "Começamos a coletar assinaturas em dezembro, pedindo a audiência pública sobre o Plano Diretor. Soubemos que houve uma, na DAE, mas em dia e horário complicados para a maioria das pessoas: durante a semana, pela manhã", afirmou o coordenador do Voto Consciente, Henrique Parra Parra Filho. Segundo ele, a ideia é fazer com que mais uma audiência seja realizada antes de o projeto chegar ao Legislativo - o que, segundo o Executivo, deve ocorrer no dia 30.

"Queremos um audiência durante o processo de elaboração do projeto, porque, depois que ele der entrada na Câmara, a única forma de nos manifestarmos e fazermos qualquer alteração será por emendas." Para Henrique, a Prefeitura deveria ter se preocupado em fazer reuniões nos próprios bairros, ouvindo as necessidades dos moradores em cada região. A proposta é semelhante ao pensamento de Araken Martinho, arquiteto e presidente da Comissão do Plano Diretor.

"É preciso ouvir a população, mas de que modo? Uma enquete? Não. Não se pergunta a todo mundo sobre tudo. Se for falar da Ponte São João, tenho que ouvir o morador de lá, não do Eloy Chaves. Participação é a pessoa que está ali, vivendo. O meu conhecimento é técnico. O dele não. É de vida", disse o arquiteto, em entrevista recente ao JJ Regional. Por meio da assessoria de imprensa, o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Jaderson Spina, esclareceu que qualquer manifestação ou proposta ao Plano Diretor, a partir de agora, deverá ser feita por meio do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) e da Comissão do Plano.

Ele salientou que caberá à Câmara agendar a audiência, para a qual será convocado. Apesar da informação, Henrique promete insistir no pedido. "Se o Plano Diretor ainda não foi protocolado na Casa, podemos ter espaço para fazer o debate, de forma livre. Se o projeto está em fase de elaboração, não faz o menor sentido não haver uma audiência." O grupo estará no Centro, sábado, das 9 às 13 horas.

ROBERTA BORGES

fonte: JJ

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