31/1/2010
JORNAL DE JUNDIAÍ 
Os partidos políticos de Jundiaí prometem fazer campanhas pacíficas para as eleições para deputado estadual e federal este ano, embora já haja ataques e alfinetadas em âmbito nacional, quando o assunto é a Presidência da República. Eles afirmam que, caso sofram provocações no âmbito pessoal, responderão via Justiça. Alguns partidos já confirmam candidatos e revelam algo sobre as estratégias. Uma campanha limpa, propositiva, sem ataques pessoais. É o discurso dos caciques dos partidos
O PT (Partido dos Trabalhadores) sinaliza que irá lançar o atual vereador Durval Orlato para deputado federal. Para a vaga estadual há um impasse entre Sérgio Dutra e o vereador Gerson Sartori. "As discussões sobre isso são amplas e não ocorrem só no âmbito local", lembra o presidente eleito do PT em Jundiaí, Paulo Malerba. "A decisão não é individual. Mas não vejo problema de que se manifeste agora quem tem interesse na candidatura", avalia. O PT pretende investir no corpo a corpo durante a campanha. "Nesse contexto em que o PT tenta eleger a Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil), só panfletar não resolve mais. É preciso fazer corpo a corpo e buscar a mobilização social. E se o partido sofrer ataques, a orientação é para não nivelar por baixo."
O PSDB deve lançar o ex-prefeito Ary Fossen para estadual e o atual vice-prefeito Luiz Fernando Machado para federal. "Quando tivermos os candidatos definidos, eles e as assessorias, com as coligações, vão definir as estratégias", diz o presidente do partido. Sérgio Del Porto Santos. "A coligação sempre comprovou que sabe trabalhar pela cidade. Contribuímos muito para o crescimento dela. Isso podemos afirmar com orgulho. Nunca fizemos ataques." Assim, Del Porto afirma que as estratégias serão baseadas em propostas. "Sempre defendo campanhas que mostram programas. Já provamos que sabemos governar, mas a população quer saber o que será feito daqui para a frente. Assim, é importante apresentar propostas e a oposição ganharia mais se fizesse o mesmo."
O PCdoB (Partido Comunista do Brasil) vai trabalhar para a reeleição de Pedro Bigardi para estadual, ao lado de Júnior Aprillanti (já foi vice-prefeito de Várzea Paulista) para federal. Em princípio, o partido aposta no reconhecimento das conquistas obtidas por Bigardi na Assembleia. "O partido é pequeno e com poucos recursos. Por isso, queremos fazer uma campanha inteligente. O desafio é reeleger o Pedro. Ele trabalha muito em busca de emendas e já conquistou várias. Entre projetos de destaque está o que inclui clubes e entidades esportivas e culturais sem fins lucrativos no Programa Nota Fiscal Paulista", diz o presidente do partido, Tércio Marinho. "Não há interesse em debate rasteiro. A ideia é debater projetos."
O PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) tem dúvida entre Armando Fadigatti, Ana Tonelli, Silvana Baptista, Juca Rodrigues e Walter da Costa e Silva Filho para deputado estadual. Por isso, ainda não há definições de estratégias. "Vamos propor nossas ideias. Nosso partido não vai entrar em brigas. É preciso melhorar a imagem da política desse País, que é asquerosa", diz Armando Fadigatti, presidente.
O PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) vai lançar o vereador Enivaldo Ramos de Freitas, o Val, para estadual e estuda o nome do vereador Marcelo Gastaldo, para federal, mas aguarda resposta do mesmo. "A campanha deve ser abrangente na região. Será uma campanha limpa", diz Ari Castro Nunes Filho, presidente do partido. "O Val tem apoio da Assembleia de Deus e o Gastaldo é bem conhecido. Jogamos limpo. A vida do partido é um livro aberto."
PATRÍCIA BAPTISTA
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