Campanha "Jundiaí + Segura" quer iniciar municipalização

>SEGURANÇA PÚBLICA

15/12/2009

ALEXANDRE MARTINS

Câmara vota hoje projeto de lei que prevê ações educativas com a iniciativa privada

Mais uma vez a questão de segurança pública dará o tom na sessão de hoje da Câmara de Jundiaí a partir das 9 horas. Projeto de autoria dos delegados-vereadores Fernando Bardi (PDT) e Paulo Sérgio Martins (PV) institui a campanha "Jundiaí + Segura", que prevê algumas ações educativas em parceria com a iniciativa privada. Na prática, ela pode ser o primeiro passo para a municipalização da segurança pública na cidade.

Para o vereador Paulo Sérgio, a campanha será a primeira a promover a integração de ações em benefício da segurança pública. Ferrenho defensor de uma Secretaria de Segurança Pública na cidade, apesar da contrariedade que a ideia desperta no prefeito Miguel Haddad (PSDB), Paulo Sérgio acredita que as discussões e soluções devam sair do próprio município. "Precisamos de mais autonomia. É só realocar recursos do orçamento e assumir a segurança pública da cidade", afirma.

Projeto - Para o vereador Fernando Bardi, a concepção do projeto prevê a participação de toda a comunidade. "Queremos promover campanhas preventivas, em questões como o uso de drogas entre os jovens, cartilha para o cidadão proteger seu patrimônio, divulgar o disque-denúncia e o que for necessário para promover uma cultura da paz e da segurança." A campanha quer utilizar recursos audiovisuais, com divulgação pela TVE e TV Câmara, ciclo de palestras e cartilhas.

Um comitê entre os conselhos de segurança, Guarda Municipal, Polícia Militar e comunidade deverá dar o tom das campanhas, bem como angariar recursos para que elas aconteçam. "Não queremos doações em dinheiro. Esperamos que os empresários assumam os custos das impressões e confecção de panfletos diretamente. Se cada um fizer um pouco, iremos conseguir promover esta campanha." Bardi alega que os jovens precisam ser ´bombardeados´ com mensagens que promovam a paz.

"Precisamos mudar o comportamento e promover uma nova cultura, onde os adolescentes encontrem novos ideais, onde será disseminada a cultura do ser e não do ter. Devemos alertá-los para a consequência do uso de entorpecentes e o custo social que isto traz, financiando o crime organizado e a violência. A imprensa tem papel crucial e deve ajudar na promoção desta nova cultura, modificando os referenciais que a população jovem tem."

ARIADNE GATTOLINI

fonte: JJ