terça-feira, 6 de outubro de 2009

Grupos de pressão fazem 'lotação do ano' na Câmara

Terça-feira, 06 de outubro de 2009 23:42
Sessão tem oficiais, bancários, ecologistas, católicos e até músicos; ato contra aborto estende os trabalhos

José Arnaldo de Oliveira
Agência BOM DIA

Padres querendo revogar o direito ao aborto em casos de estupro, veterinária defendendo o direito à castração contra filhotes abandonados, artistas divulgando show de MPB, oficiais de justiça aplaudindo o fim da taxa de estacionamento e bancários em greve pedindo apoio para sua causa.

A Câmara de Jundiaí viveu na terça-feira um dia de grupos de pressão (“lobbies”).

Para Wânia Plaza Nunes, do grupo Vida Animal/WSPA, os debates entre vereadores e técnicos de zoonoses interessam “se levarem a um avanço no atendimento dos animais”.

O oficial de justiça Jair Bueno, com colegas, saiu elogiando a lei 10.453, que isenta a categoria do estacionamento rotativo. O bancário Paulo Mendonça, diretor sindical, disse que moção de repúdio ao descaso da Federação Nacional dos Bancos era ação contra o impasse da greve.

E a cantora Clarina Fasanaro, do show “Reencontro”, que acontece na sexta, afirmou que “atrações de festas são comerciais, mas cultura é o que produzimos na cidade”.

Veja o vídeo da sessão:
www.camarajundiai.sp.gov.br

Ato contra aborto estende sessão
O padre Joaquim Wladimir Lopes Dias, administrador diocesano, apresentou a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. “Da concepção à morte natural, passando por meio ambiente, trânsito, saúde, direitos de idosos e todos os tipos de discriminação”, resumiu, citando até o caso do Jardim São Camilo.

Mas o lado político da campanha, lançada em nível nacional pela CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil) em 2005, é o arquivamento do projeto 1.135, de 1991, que descriminaliza a prática do aborto no país.

“Somos contra todos os tipos de interrupção da vida, incluindo os casos já previstos de violência ou risco de vida da mãe”. Mulheres ao fundo do plenário chegaram a ensaiar protesto, mas preferiram continuar anônimas. “São conquistas dos direitos femininos”, lembravam.

A vereadora Ana Tonelli (PMDB) dizia que apoiar a igreja “não era apologia à religião”. Pastor da Universal, o vereador Roberto Conde (PRB) não se manifestou.

A campanha termina amanhã com missas nas paróquias locais.

fonte: BOMDIA

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