sábado, 6 de junho de 2009

Tânia Pupo: 120 dias para impacto

MUDANÇAS

31/5/2009


RUI CARLOS

"Nesses meses, o meu maior trabalho foi tanto fazer o diagnóstico da gestão quanto atuarmos no planejamento estratégico", diz Tânia

Os primeiros meses à frente da Secretaria de Saúde foram para ´arrumar a casa´, segundo a titular da pasta, Tânia Pupo. Após fazer o diagnóstico do que enfrentaria e planejar estratégias para o restante do mandato, a secretária garante que resultados impactantes poderão ser observados pela população em 120 dias.

Tânia prevê a compra de equipamentos de informática e investimento em treinamento como as principais estratégias para atingir suas metas. Atualmente, uma inovação no trabalho da Saúde é a atualização mensal de dados sobre a satisfação dos pacientes, chamados de ´clientes´ por Tânia. Por meio do telefone 156 da Prefeitura, é feito levantamento de uma pesquisa informal de satisfação. São elencados itens desde o atendimento até a limpeza de todas as unidades de saúde da cidade.

JJ Regional: Qual balanço a senhora faz desses primeiros meses de governo na Saúde?
Tânia Pupo: Nesses quatro meses, o meu maior trabalho foi tanto fazer o diagnóstico da gestão quanto atuarmos no planejamento estratégico da secretaria. Algumas coisas que eu tenho vivenciado têm demandado um tempo grande, porque a gestão do SUS (Sistema Único de Saúde) é muito complexa. Eu tenho uma atividade que é fazer a coordenação dessa equipe da Secretaria de Saúde para que a gente atenda todas as demandas da população, mas ao mesmo tempo eu tenho um papel que extrapola o âmbito do município. A gente também participa de uma Região de Saúde.

JJ: Algumas situações foram inesperadas?
Tânia: Existem algumas demandas que eu não estava prevendo no meu trabalho. Sei hoje que a minha responsabilidade é muito grande e os meus desafios também, uma vez que ainda não houve impacto na mudança da qualidade da atenção. Esses quatro meses foram muito mais ´para dentro´ para que eu tomasse pé da situação e, a partir de agora, começar as ações mesmo.

JJ: O que falta para a Saúde de Jundiaí engrenar, na sua opinião?
Tânia: Há muitas coisas para fazer que eu já comecei. A gente está estudando a compra de equipamentos de informática para que tenha uma rede que funcione adequadamente. Isso vai impactar na qualidade e rapidez da assistência. O impacto vai demorar em torno de 120 dias, porque ainda vai para processo licitatório. Tenho, também, uma proposta junto com a pasta de Recursos Humanos para que a gente faça a capacitação das equipes que estão atuando. Vamos dar foco para a integração dessas equipes, mas também para as recepções entenderem melhor o seu papel para poder fazer um atendimento melhor à população.

JJ: Como é feito o levantamento dos números nas Unidades Básicas de Saúde?
Tânia: Pelo telefone ´156´ eu montei uma forma de analisar mensalmente todas as avaliações relativas à recepção, atendimento médico, de enfermagem, odontologia e outras questões, como limpeza da unidade. Eu criei um ´semáforo´ que aponta o que está bom e onde eu tenho problemas (mostra tabela com apontamentos nas cores verde, amarela e vermelha). Isso me dá uma ideia de onde tenho de atuar na medida que a própria população está se referindo ao sistema, qualificando ou desqualificando. Outra coisa que já está funcionando é a maior presença das gerentes das regionais nas unidades. A gente montou um cronograma onde elas permanecerão dentro da unidade com as equipes. Aí, elas vão observar o atendimento, avaliar o agendamento e a qualidade da assistência, além de fazer reunião com a equipe e com o conselho local.

JJ: Quais as próximas ações da pasta?
Tânia: O planejamento estratégico é um diferencial. Porque todo mundo olhou para a realidade e, ao mesmo tempo, as equipes começaram a trabalhar, pensando qual é a situação atual e o que a gente pretende para daqui a quatro anos. Eu vou agora, no próximo dia 4 de junho, fazer uma reunião para fechar essas necessidades técnicas e, ainda eu vou fazer, um fórum maior junto com a equipe técnica e o Conselho Municipal de Saúde (Comus). O conselho e comissões têm toda a documentação disponível para verificar, acompanhar e fiscalizar.

JJ: A senhora acredita que a imagem polêmica criada no início do funcionamento do Hospital Universitário (HU) já foi revertida?
Tânia: Eu acredito que isso já tenha sido superado, tanto que o HU hoje é referência regional. Se você for analisar os indicadores, vai ver que questões como a mortalidade já estão resolvidas.

THIAGO GODINHO

fonte: JJ

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