terça-feira, 30 de junho de 2009

Reunião e falta de interesse na Câmara

ANIMAIS

26/6/2009

MATEUS VIEIRA Apenas as ONGs Vida Animal e Bicho Legal estiveram no encontro, o que desagradou Palmarini e Julião

Apenas as ONGs Vida Animal e Bicho Legal estiveram no encontro, o que desagradou Palmarini e Julião

Somente as ONGs Vida Animal e Bicho Legal compareceram ao terceiro encontro organizado pela Comissão Especial da Câmara de Jundiaí que investiga a situação de animais domésticos e silvestres na cidade. A reunião foi planejada para que as entidades pudessem expor o trabalho ao grupo, que vai elaborar um relatório a ser encaminhado ao Executivo. Cinco instituições foram convidadas, mas três não foram ao Legislativo. Nem mesmo um representante da Secretaria de Saúde, pasta que está envolvida com a causa, marcou presença.

As ausências desagradaram os vereadores Júlio César de Oliveira (PSDB), o Julião, e Leandro Palmarini (PV), integrantes da comissão. "Todas as ONGs (100% Vira Lata, SOS Animais Abandonados e Uipa, além das duas presentes) foram convidadas. Esta era uma oportunidade única de se manifestarem. A própria Secretaria de Saúde reconhece que há falhas e também não enviou um representante", criticou Julião. "Desta forma, fica difícil travar um diálogo", complementou.

Eliana Mattos, voluntária da Uipa, explicou que a presidente da entidade, Carmela Panizza, tinha compromissos agendados para hoje. Ela se programou para ir à Câmara na semana passada, quando o encontro teve de ser adiado.

O tempo foi aproveitado pelas únicas ONGS presentes. Palmarini, que também é coordenador do Bicho Legal, relatou o cotidiano da entidade, fundada no final de 2006 e formada, inicialmente, por funcionários públicos. Sem recursos, a ONG se mantém com a ajuda de voluntários e com patrocínios esporádicos durante a realização de eventos, como os mutirões de castração. "Nossa atuação é preventiva. Não temos abrigo", detalhou. Segundo ele, são frequentes as denúncias sobre maus-tratos e abandonos de animais. Todas são apuradas e, se comprovadas, podem fazer com que o bicho seja retirado do proprietário e até encaminhado para um lar transitório, na busca por um novo dono.

A adoção e posse responsáveis e o controle populacional também são foco de ações da Vida Animal, que é associada ao Fórum Nacional de Proteção Animal e registrada no Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo. "A gente precisa de um trabalho com a educação", aponta a presidente da ONG, Walkíria Plaza Nunes.

Para ela, a proteção aos animais deve ser debatida em sala de aula e contar com o engajamento dos professores. Quatro veterinários (sendo um fixo), quatro educadores, três voluntários e uma clínica veterinária formam a estrutura da ONG.

ROBERTA BORGES
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