31/3/2009
RQUIVO JJ
Polêmica sobre segurança em condomínios acontece após assalto ao prédio onde moram prefeito e ex-prefeito
Se depender do Sindicato dos Trabalhadores Terceirizados de Jundiaí e Região, o projeto que prevê uma rede de radiocomunicação entre as portarias dos condomínios residenciais e as polícias Civil e Militar de Jundiaí não sairá do papel. A entidade, que representa mais de 2 mil funcionários responsáveis diretamente por recepções e portarias de condomínios na Região, considera absurda a proposta do vereador e delegado Paulo Sérgio Martins (PV). A iniciativa está na pauta da sessão ordinária de hoje da Câmara Municipal - com início às 9 horas.
"Somos contra esse projeto. Quem trabalha nas empresas privadas e condomínios são funcionários, não servidores públicos. Quem tem de cuidar da segurança é a polícia, mantida pelo Estado", destacou Tatiane Grace Campos, advogada do sindicato.
Outra justificativa apontada por Tatiane é o fato dos funcionários terceirizados não terem treinamento para tal situação. "Eles não recebem adicional por periculosidade. Como vão ficar protegidos se algo acontecer?", indagou. "O que defendemos é que se aumente o efetivo das polícias. O projeto, na verdade, só repassa o problema do Estado para os trabalhadores."
A advogada salientou ainda que representantes do Sindicato dos Terceirizados devem estar no Legislativo, hoje, para apresentar o ponto de vista da categoria a respeito da proposta de Paulo Sérgio Martins. "Não concordamos com isso", ressaltou.
Prós - Para o consultor de segurança Geraldo Silva, a iniciativa do delegado é "louvável" e vai auxiliar na segurança dos condomínios residenciais. "Isso ajuda muito na agilidade da comunicação com as polícias. Por telefone, às vezes, o contato demora um pouco mais", lembrou.
Apesar disso, ele fez questão de ressaltar que o projeto pode esbarrar em algumas dificuldades. "A criação de uma rede de radiocomunicação vai depender da autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Além disso, o município não atua sobre as polícias. Vai ser necessário autorização da Secretaria de Segurança Pública (SSP)."
Como sugestão, Silva afirmou que a união dos condomínios de Jundiaí seria um ponto importante na luta contra a criminalidade. "Em São Paulo, um ajuda o outro. Numa rua onde existem quatro, cinco condomínios, todos estão interligados e vão trocando informações sobre carros e pessoas suspeitas."
O JJ Regional fez contato com o comando da Polícia Militar, mas não houve resposta, contudo, até as 20 horas de ontem. A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que prefere não se manifestar a respeito do assunto, já que o projeto ainda vai ser discutido pela Câmara. Paulo Sérgio Martins não foi localizado para comentar o assunto.
EMERSON LEITE
fonte: JJ
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