quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fornecedores provocam polêmica

FREIOS

9/4/2009

MARCELO LANGUE Localizada na Colônia, USA Freios é fornecedora de peças e mão-de-obra

Localizada na Colônia, USA Freios é fornecedora de peças e mão-de-obra

Na imprensa oficial de 7 de abril, a empresa USA Freios Ltda. aparece como vencedora de três convites para a manutenção mecânica, elétrica e de suspensão da frota de veículos da Guarda Municipal de Jundiaí, no valor total de R$ 70,5 mil.

A empresa é de propriedade de Alessandro Fadigatti e Fabiano Fadigatti, filhos do presidente do PMDB-Jundiaí, Armando Fadigatti, que também é funcionário da Prefeitura. Os contratos são legais, mas alvos da oposição. "Trabalho na Prefeitura desde 2005. Meus filhos realizam serviços para a Prefeitura há mais de dez anos em seu ramo de atividade. Não tenho influência sobre o contrato", afirma Armando Fadigatti.

Alessandro Fadigatti, um dos proprietários da empresa, sugeriu que a reportagem procurasse esclarecimentos junto à Prefeitura. Segundo o secretário da Administração, Clóvis Galvão, ´não há como proibir que filhos de presidente de um partido, no caso o PMDB, participem de licitação, feita através de convite. "Não é ilegal", afirmou.

Os convites para estes contratos foram enviados para outras seis empresas. Somente duas responderam a dois convites. No outro, outras três enviaram propostas. A USA Freios ganhou por apresentar o menor preço.

Galvão salientou, também, que a Prefeitura possui um valor estimado para os serviços. "Além disso, temos controle absoluto sobre a qualidade dos serviços prestados, através dos órgãos gestores. Não há reclamação contra a USA Freios. Por isso, a mantemos como fornecedora." O prefeito Miguel Haddad afirmou que não pode proibir a empresa de participar e ganhar a licitação. "Não há impedimentos legais", reafirmou.

O presidente do Tribunal de Ética da OAB-SP, Fábio Canton, afirmou, ontem, que não pode se pronunciar sobre o caso em questão. "De uma forma geral, em questões de administração pública, as ações podem ser legais, mas não morais", afirmou.


ARIADNE GATTOLINI

fonte: JJ

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