sexta-feira, 30 de julho de 2010

Paulo Maluf e Celso Russomano retornam a Jundiaí

Políticos foram recebidos pelo editor-chefe,
jornalista Sidney Mazzoni

Em uma campanha política, quando andam juntos, o candidato a deputado federal vai a reboque do candidato a governador. É uma regra que vale para quase todos. Quando Paulo Maluf está no meio, a história é outra. Ontem, na visita que a comitiva do Partido Progressista (PP) fez a Jundiaí, o comunicador Celso Russomano, candidato do partido a governador, era o coadjuvante. O protagonista era Maluf, que busca a reeleição como deputado federal, mas que pode ser impugnado pela Justiça Eleitoral por conta da nova lei da ´Ficha Limpa´.

A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo pediu, ontem à tarde, a impugnação do registro de sua candidatura com o argumento de que Maluf é um ´ficha suja´ em razão da condenação do deputado por suposta participação em esquema de superfaturamento na compra de frangos para a merenda servida às crianças das escolas municipais de São Paulo, quando Maluf era o prefeito - o batizado ´Frangogate´. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo em abril deste ano. Um golpe no ânimo do candidato? Nada.

"Só saio da política morto. Tudo o que dizem é mentira. Não tenho condenação alguma. Aliás, quando morrer e for prestar contas lá no céu, tenho certeza de que só terei pecadinhos para acertar. Muito menores que os do Lula, por exemplo. Minha campanha segue normalmente." Na última campanha para o Legislativo, Maluf teve votos em todas as 77 mil urnas do Estado. Ou seja: em todas as cidades. Em Jundiaí, teve quase 5 mil votos. Foi o deputado mais votado do País.

"E isso não foi por acaso. Paulo Maluf já fez muito por Jundiaí. Quando Pedro Fávaro era prefeito e Ary Fossen o vice, a cidade estava ´quebrada´ e eu dei, a fundo perdido para Jundiaí, 400 milhões de cruzeiros. E não foi empréstimo, não. Foi a fundo perdido mesmo. E também impedi que a Faculdade de Medicina fosse fechada", disse Paulo Maluf sobre si mesmo.

Segurança - O deputado Celso Russomano, que entrou na política graças a um programa sensacionalista, onde ele se colocava na condição de defensor dos direitos do consumidor, tem como base de sua campanha a unificação das polícias. Ele pretende ser o governador e o secretário da Segurança ao mesmo tempo. "Em nenhum lugar do mundo há duas polícias. Só uma. Aqui temos três: Civil, Militar e Guarda Municipal. É um absurdo! E nenhuma funciona. Proponho a criação de uma polícia única, estadual.

E vamos colocar os 300 mil policiais que estão em atividades administrativas para trabalhar nas ruas", comentou o candidato, que nesta campanha usa o nome ´Celso´, como carro chefe. O Russomano ele cedeu ao irmão, candidato a deputado estadual, aumentando: "Vamos copiar uma ideia que deu certo no Rio Grande do Sul: o policial militar aposentado será convidado a continuar trabalhando fardado fazendo policiamento na porta das escolas. Quero ver traficante passar por perto!"

Sobre a campanha presidencial, Paulo e Celso estão, literalmente, em cima do muro. O PP só vai se definir sobre apoio a Dilma ou Serra, no segundo turno. Isso porque Maluf não acredita que um ou outro levem no primeiro. Marina Silva e os nanicos, segundo ele, terão 13% dos votos, o que praticamente assegura o segundo turno. Aí Maluf e Russomano vão decidir em qual cavalo apostar. Maluf, Russomano e uma grande comitiva de campanha visitaram, ontem pela manhã, o Jornal de Jundiaí Regional e foram recebidos pelo seu editor-chefe, jornalista Sidney Mazzoni.

Na oportunidade, Maluf fez questão de transmitir à família Muzaiel seus sentimentos pela morte do doutor Tobias, ocorrida na madrugada do último domingo. "O Tobias me entrevistou várias vezes na rádio. Era um sujeito excepcional. Tínhamos a mesma idade. Ele era a alma da Difusora." Russomano e Maluf estiveram em Jundiaí em junho, durante encontro do PP.

DA REPORTAGEM LOCAL


fonte: JJ. publicado em: 29/7/10

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