terça-feira, 29 de junho de 2010

Transporte: ciclistas terão vez na Jundiaí do futuro

Plano Diretor contempla uma antiga reivindicação de jundiaienses: ciclovias que cruzem a cidade e propiciem maior mobilidade urbana por meio de um veículo ecologicamente correto. Hoje, no entanto, a situação do ciclista é muito perigosa. A proposta é criar um Parque Linear e outros 25 quilômetros de pista.

Professor Cléber faz da bicicleta seu meio
de lazer e transporte há tempos em Jundiaí

Está na lei: a Jundiaí do futuro será cruzada por ciclovias, uma reivindicação da própria população que vai ao encontro da tendência de transporte ecologicamente correto. O mapa já está pronto, faz parte do Plano Diretor da cidade. A primeira pista é realidade na avenida Antonio Pincinato e ainda neste governo a cidade vai ganhar ao menos outros dois quilômetros e meio exclusivos para bicicletas na avenida Antonio Frederico Ozanam, entre Várzea Paulista e a estação ferroviária. O anúncio foi feito há pouco mais de uma semana pela Prefeitura.

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) cedeu a área e o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Jaderson Spina, diz que o município já tem garantido do Estado recurso de R$ 200 mil, que devem ser suficientes para a construção da pista. O trecho será o primeiro dentro do chamado Parque Linear, que terá 25 quilômetros de ciclovia na extensão do rio Jundiaí, dentro do perímetro urbano. A pista vai de Várzea Paulista a Itupeva. Ao longo do trecho, haverá interligações com outras ciclovias que vêm de bairros e chegam até ao Parque da Cidade.

O projeto ainda não está detalhado, mas Spina estima que, além do Parque Linear, Jundiaí terá outros 25 quilômetros de pista e a bicicleta deve voltar a ser vista como um meio de transporte. "A bicicleta como meio de transporte caiu em desuso em Jundiaí pelo fato de a geografia da cidade ser acidentada. Mas a tecnologia de câmbio que existe hoje facilita vencer as inclinações", diz o secretário, um dos adeptos do ciclismo. "Ando de bicicleta aos fins de semana, como lazer, e uso a ciclovia da Antonio Picinato", diz Spina.

Bicicletários - O secretário reconhece que as pistas previstas no Plano Diretor não cobrem todas as regiões da cidade, mas destaca que elas passam por terminas de transporte coletivo, o que pode garantir pelo menos parte do trajeto de bicicleta para o trabalhador. Mas, para que o projeto vire realidade, os prédios terão que prever bicicletários. E o primeiro deles já tem endereço: a estação ferroviária, que será restaurada.

Spina diz também que a prefeitura deve se reunir com as concessionárias de ônibus para planejar os espaços de estacionamento nos terminais e diz que o Paço Municipal também deverá fazer sua lição de casa e garantir paradas com segurança para os ciclistas. Em locais onde não há espaço para pistas exclusivas ou onde o trânsito é intenso, a ideia é educar os motoristas para que aprendam a conviver com os ciclistas. "Além de ser um transporte barato, a bicicleta é importante também porque não polui e causa melhor fluidez no trânsito. O ´start´ foi dado e agora vamos trabalhar em cima das ações para melhorar as condições de uso, com segurança, da bicicleta."

ANDRÉA LAVAGNINI

fonte: JJ, publicado em 27/06/10

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