Cerca de 3.400 assinaturas e a mobilização da sociedade não sensibilizaram a prefeitura de Jundiaí a ampliar a discussão sobre o Plano Diretor Estratégico da cidade do interior paulista com o cidadão. Na reunião do Comitê Gestor, realizada esta semana, o secretário municipal de Planejamento Jáderson Spina anunciou que não aceita a realização de ao menos uma audiência pública, como foi requerido em documento organizado pelo Movimento Voto Consciente de Jundiaí e outras organizações sociais, antes do projeto ser enviado à Câmara Municipal.
Segundo relato de participantes do encontro, o secretário quer deixar a audiência para depois que o Plano já estiver elaborado pela prefeitura: “quanto mais tempo demorar, mais palpites e pressão surgirão”, teria dito durante a reunião nessa quinta-feira, na cidade.
Henrique Parra Parra, um dos articuladores do abaixo-assinado, disse que “este será um plano de alguns e as pessoas que não participarem dele – quase todas – se sentirão menos donas da cidade, afeta o sentimento de pertencimento”.
fonte: blog do Milton Jung
*Agradecemos o espaço e a divulgação. Principalmente pelo tom sereno, pela clareza e pela objetividade. O texto está num tom que nos é familiar e representa bem o que temos feito.
De fato foi isso o que ouvimos e esperamos a resposta oficial ao nosso ofício, para podermos responder aos 3.400 jundiaienses que pedem uma Audiência Pública. A única audiência feita foi numa terça-feira, de manhã, no DAE. Além do local e horário pouco acessíveis, ela foi feita depois de apresentarmos mais de 1.700 assinaturas que já tínhamos conseguido.
O próprio Conselho Municipal de Meio Ambiente - que tem metada dos membros da própria Prefeitura - aprovou moção de repúdio a essa audiência e a Comissão de Revisão do Plano também reclama falta de tempo para analisar com calma.
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Em Jundiaí nós temos um sistema político de uma cidade provinciana, mas com um orçamento de uma capital, um bilhão de reais. Temos um grupo dominante e a vassalagem legislativa que oferece ao senhor prefeito, ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção aprovando tudo que é de interesse do senhor prefeito. Em relação ao plano diretor o que se propaga é que por trás de tudo existe um lobby de empreendedores imobiliários, inclusive alguns caciques do partido do prefeito que não querem interferência em seus negócios.
ResponderExcluirProfessor Marcelo Pilon disse...
ResponderExcluirAparentemente, o "sistema político" ao que o senhor se refere, deve ser o sistema federativo e o sistema eleitoral, ambos definidos na Constituição da República.
Ora, salvo engano meu, estes sistemas são aplicáveis a todo o Brasil, e não há exceção a Jundiaí.
Quanto à sua afirmação de que os membros do Poder Legislativo no município fazem "vassalagem legislativa", seria conveniente que o senhor elaborasse um pouco mais sobre o tema, pois senão fica-se com a impressão de que há referência a uma troca de favores escusos entre executivo e legislativo municipais. Minha intervenção se deve ao fato de que o senhor está generalizando uma questão que envolve muitas pessoas, sem indicar quais condutas e quem.
Quanto à sua última afirmação, novamente, seria importante indicar "Quem propaga" e "o que" sobre "quem".