28/2/2010
DIVULGAÇÃO
O bispo diocesano de Jundiaí, dom Vicente Costa, que toma posse no dia 7, defende que o eleitor deve conhecer a vida do político na hora de ir às urnas. Para ele, pesquisar sobre a história do candidato pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Dom Vicente apoia a posição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que pede agilidade na aprovação do projeto que trata da 'ficha limpa', em trâmite no Congresso Nacional.Dom Vicente Costa deve fomentar a Pastoral de Fé e Política da Diocese
"Não dá para imaginar um parlamentar que se coloque contra o projeto ficha limpa. Alguém que se pronunciar contra a ficha limpa é um defensor da ficha suja? E quem se posicionar contra a ficha limpa, como é que vai disputar eleições? É um assunto que nos deixa pensativos. Não consigo imaginar alguém que seja contra esse projeto", afirmou, em entrevista coletiva, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha. "Como bispo da igreja eu apoio esta iniciativa e espero que o projeto seja votado e não engavetado", disse dom Vicente.
"A voz do povo precisa ter vez no Congresso", salienta. O bispo também deseja ver o projeto aprovado. "Quem tem pendências com a Justiça não deveria concorrer às eleições. Este é um subterfúgio perigoso. A política deve servir ao senso comum e a igreja deve mostrar isso para os leigos." Dom Vicente deve dar fôlego à Pastoral de Fé e Política da Diocese de Jundiaí. Nas duas últimas eleições, a pastoral fez um trabalho com os candidatos, levando-os à igreja e apresentando as propostas deles.
Proposta - De acordo com informações do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Campanha Ficha Limpa foi lançada em abril de 2008 com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos a cargos eletivos do País. Para isso, foi elaborado um projeto de lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos, que pretende tornar mais rígidos os critérios de inelegibilidades, ou seja, de quem não pode se candidatar.
O projeto, de iniciativa popular, precisa ser aprovado no Congresso Nacional para se tornar lei e passar a valer em todas as eleições brasileiras. No dia 29 de setembro, o MCCE entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), o projeto e mais 1,3 milhão de assinaturas, o que corresponde à participação de 1% do eleitorado brasileiro. O texto já foi protocolado na mesa da Câmara e iniciou seu processo de tramitação na Casa.
Segundo o MCCE, a iniciativa de lançar a campanha surgiu de uma necessidade expressa na própria Constituição Federal de 1988, que determina a inclusão de novos critérios de inelegibilidades, considerando a vida pregressa dos candidatos. Quando aprovado, o projeto de lei de iniciativa popular vai alterar a lei complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, já existente, chamada 'Lei das Inelegibilidades'.
ROBERTA BORGES
fonte: JJ
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