23/12/2009
MARCELO LANGUE
A partir do ano que vem, os professores de 400 classes do primeiro ano do ensino fundamental vão poder contar com auxiliares para execução do processo pedagógico. Apesar dos votos contrários da bancada petista, o projeto de lei da Prefeitura de Jundiaí foi aprovado pela Câmara, ontem à tarde, durante sessão extraordinária. O assunto, no entanto, provocou discussão entre os parlamentares e uma reunião a portas fechadas que durou 45 minutos. Erros apontados pelo PT na proposta do Executivo foram corrigidos com duas emendas, também aprovadas.Por quase duas horas, vereadores participam à tarde de sessão extraordinária
A iniciativa do poder público com a implantação de auxiliares de ensino foi destacada com exclusividade na edição de ontem do JJ Regional. De acordo com o secretário municipal de Educação, Francisco Carbonari, convênios serão firmados com instituições de ensino superior da cidade. O objetivo é utilizar em classe os alunos dos cursos de Letras e Pedagogia que estiverem cursando o segundo ano superior. Estudantes com maior dificuldade de alfabetização serão o foco dos auxiliares, ainda segundo Carbonari. "Uma das maiores lacunas do Brasil é a formação teórica dos professores que não condiz com a prática da sala de aula", enfatizou o secretário, na edição de ontem.
Equívoco - A petista Marilena Negro foi quem demonstrou desconfiança em relação à proposta. "A Prefeitura não estimou sequer os valores que serão empregados, quantas salas de aula vão ser atingidas e quantos estagiários serão usados. Além disso, não há informação no projeto de como as instituições vão poder participar", comentou. A oposicionista ainda apontou o que ela chamou de erro no texto da propositura. Num trecho, era especificado que o objetivo era contribuir com a "qualificação do professor" e não do estagiário. "A capacitação do aluno ficou num âmbito qualquer. Penso que o projeto deveria ser melhor discutido, analisado", lançou Marilena.
Por 45 minutos, os vereadores ficaram reunidos no Salão Nobre. Além de discutir o tema, eles aguardavam a elaboração de duas emendas por parte da Prefeitura para correção do projeto. Na votação, Marilena Negro foi contra a proposta e emendas. O também petista Durval Orlato não aprovou o projeto, mas votou favoravelmente às emendas. "Demos a oportunidade para que a Prefeitura regulamente a iniciativa e a coloque em prática. Acredito que a lei vai abranger a educação como um todo, sem distinção", destacou Júlio César de Oliveira, o Julião (PSDB), líder do governo na Câmara. Perguntado sobre os apontamentos feitos por Marilena Negro na Tribuna, o tucano não polemizou: "Está cumprindo a função dela enquanto oposição. Não cabe a mim julgar."
Além deste, outros quatro projetos foram votados e aprovados pelo Legislativo, entre eles o que cria cargos de agente operacional e monitor para creches. Um financiamento no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de US$ 24 milhões também foi aprovado. Com este montante, a Prefeitura pretende realizar obras de canalização de rios e córregos, além de melhorias no sistema viário.
EMERSON LEITE
fonte: JJ
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