10/6/2009
RUI CARLOS
A pressão dos empresários de supermercados da cidade conseguiu derrubar o projeto de lei de autoria do tucano Gustavo Martinelli, que pretendia exigir limite de tempo para atendimento nos caixas de supermercados. Na sessão de hoje (09), por nove votos a sete, os parlamentares mantiveram o veto à proposta, como havia previsto, há quase um mês, o JJ Regional."Sou jovem, mas não sou moleque", afirmou Martinelli (à direita) durante a sessão
Antes da decisão Martinelli foi à tribuna e defendeu o projeto, que tem parecer constitucional da Consultoria Jurídica e da Comissão de Justiça e Redação. Ele ressaltou que deixaria os parlamentares livres para decidir sobre a questão. "Sou jovem, mas não sou moleque", afirmou.
No dia 12 de abril representantes das redes Superbom, Elias, Paulistão, Coopercica e Russi estiveram no Legislativo para cobrar uma posição contrária à da maioria dos vereadores que, na sessão do último dia 28 de abril, aprovaram a proposta ´antifila´. "Não foi um projeto bem pensado. Ele é um vereador jovem e teria de ter pensado nos dois lados da questão", comentou o diretor-presidente da Coopercica, Orlando Marciano, na ocasião.
No dia, ele avaliou que soube da iniciativa de Martinelli pela imprensa e não acreditava que a idéia fosse prosperar. "Estão jogando uma responsabilidade aos supermercados que é cultural no brasileiro: deixar tudo para a última hora. Não há como controlar filas em vésperas de feriado, por exemplo", disse.
Marciano ainda assinalou que a "medida direcionada às grandes redes" pode afetar o trabalho dos supermercados menores da cidade. Contrariado, Martinelli prefetiu não comentar a manutenção do veto. "Não estou chateado."
Rejeitado - Apesar de manterem o veto ao andamento do projeto de Martinelli, os legisladores alcançaram, hoje, a marca de 19 vetos do Executivo rejeitados na Câmara desde o início deste mandato. O veto ao projeto de Enivaldo Ramos de Freitas (PTB), o Val, que prevê a colocação de câmeras de monitoramentonas reparticões públicas em que há balcão de atendimento, foi derrubado pelos vereadores.
O presidente da Câmara, José Galvão Braga Campos (PSDB), o Tico, avaliou que o veto é uma decisão que depende do interesse político de cada um. "Não há embate entre Legislativo e Executivo. Cada caso é diferente", frisou.
ROBERTA BORGES
fonte: JJ
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