sexta-feira, 29 de maio de 2009

Zoonoses precisa de ajuda

ANIMAIS

6/6/2009

ALEXANDRE MARTINS Na Câmara - Tânia Pupo, ontem, abrindo o jogo

Na Câmara - Tânia Pupo, ontem, abrindo o jogo

Um relatório que aponta a falta de estrutura física e de pessoal do Centro de Controle de Zoonoses foi apresentado, na manhã de ontem, pela secretária de Saúde, Tânia Pupo, durante a segunda reunião da Comissão Especial que começou a apurar problemas com animais domésticos e silvestres em Jundiaí. Tânia propôs a criação de uma nova comissão, com representantes de entidades que atuam no setor, para ajudar a apontar caminhos para a questão. O próximo passo dos parlamentares é uma visita, na quarta-feira, à Uipa (União Internacional Protetora dos Animais).

Segundo a secretária, esta comissão deverá definir qual o papel de cada uma das partes envolvidas com os animais. Hoje, 43 pessoas trabalham na Zoonoses, sendo que existe apenas um médico veterinário. A área física do centro também está inadequada. Tânia revelou que há três processos relacionados ao tema em trâmite na Prefeitura: o mais antigo, de 2007, cria o Núcleo de Proteção Animal; os outros dois, ambos do ano passado, avaliam um terreno para a construção da Zoonoses, além de um convênio com médicos veterinários.

"Estamos fazendo um diagnóstico da saúde como um todo e, nesta área, ele aponta para estas necessidades. Hoje, não existe uma política de saúde animal na cidade", afirmou Tânia. Ela acredita que um caminho seria a integração do poder público, organizações e empresários. Desde 2006, apenas 28 casos de maus-tratos chegaram à Zoonoses.

Outra informação apresentada durante o encontro partiu do coordenador do serviço 156 da Prefeitura, Paulo Roberto de Moraes. Segundo ele, entre as reclamações que mais chegam ao atendimento está a atenção à causa animal. "Há pessoas que ligam para falar sobre maus-tratos, abandono, morte e até vacinação", conta.

Nos últimos 15 meses, 1,4 mil pedidos de coleta de animais mortos nas ruas foram registrados no 156. "Apenas nos últimos cinco meses, foram cinco mil pedidos de informação referentes a animais", afirmou o coordenador do 156. "Esta é uma área prioritária para nós", complementa Tânia.

Ações - O vereador Júlio César de Oliveira (PSDB), o Julião, presidente da comissão, pediu que os três processos, em especial o que fala sobre convênio com veterinários, fossem detalhados. O tucano também questionou se há um levantamento sobre o número de animais abandonados na cidade. "Deveria haver um processo de acompanhamento", apontou.

Julião ainda pediu agilidade na regulamentação da lei 6.320, de 2004, aprovada há cinco anos, que disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso e transporte de cães e gatos na cidade. Segundo Tânia Pupo, um estudo que prevê a regulamentação da lei, mas com algumas alterações, está em fase de conclusão.

ROBERTA BORGES

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