segunda-feira, 6 de abril de 2009

‘Adote’ pede sessão noturna na Câmara de Jundiaí

Seg, 06/04/09 por milton.jung | categoria Adote um Vereador | tags , ,


Reunião Adote um Vereador

Em quase três horas de entusiasmo, ceticismo e ideias, cidadãos envolvidos na campanha Adote um Vereador estiveram reunidos na sexta (abril, 03) à noite, na sede do Ciesp, em Jundiaí. Havia jornalista de rádio e jornal; tinham estudantes e professores; adotadores e adotados, pois dois vereadores do PT estiveram no encontro, além do representante de um outro do PDT.


“Se não fosse esse horário” é o nome do movimento que será lançado na cidade do interior paulista para convencer a Câmara Municipal a transferir para a noite as sessões de votação. “Torna-se inviável a participação popular às nove da manhã de terça”, segundo informou Henrique Parra, coordenador da ONG Voto Consciente Jundiaí que organizou o “Debate Colaborativo”.

Um dos adotadores, que acompanha o trabalho do presidente da Casa, vereador José Campos, o Tico, do PSDB, disse que a alegação dele é o custo para o município que teria de desembolsar cerca de R$ 1 milhão a mais, por ano, para o pagamento de adicional noturno aos funcionários. A vereadora Marilena Negro, do PT, que esteve na reunião, e também foi adotada, entende que este valor está superestimado, e imagina que não haverá problema para cobrir as despesas com as sessões noturnas porque todo o ano a Câmara deixa de gastar cerca de R$ 4 milhões previstos no Orçamento.

Da reunião, ainda foi possível tirar o comprometimento do DCE da Faculdade Anchieta e da Comissão da Juventude da Prefeitura de Jundiaí com a promoção da ideia de os cidadãos adotarem um vereador da cidade.

Particularmente, foi um experiência comovedora assistir às discussões de gente interessada em tornar melhor a qualidade de vida dos moradores de Jundiaí através da política. Havia um temor de alguns dos presentes em relação a maneira como pessoas comprometidas com vereadores poderiam se aproveitar da campanha para transformar seus blogs em peça publicitária do mandato.

Assim como o medo de outros de que a falta de limites para a divulgação das informações dentro do “Adote um Vereador” levasse ao descrédito do trabalho realizado. Uma das sugestões foi que alguma organização se prontificasse a corroborar o trabalho daqueles que estejam atuando dentro do que se propõe a campanha.

Evidentemente, quando se tem a internet como principal plataforma do projeto a liberalidade que existe nesta mídia assusta. Mas devemos estar preparados para estes desvios, afinal vivemos em comunidade e não se imagina que todos aqueles que dela participam sejam íntegros. Credibilidade não se conquista com selo de garantia oferecido por quem quer que seja.

A construção da consciência cidadã, no entanto, já pode ser percebida quando tantas pessoas se dispõem a deixar seus afazeres e lazeres em uma sexta à noite para discutir política. O Adote um Vereador, não se sabe, pode acabar amanhã ou depois, mas a ação daqueles que lá estiveram e de todos os demais que entenderam o recado dado vai permanecer.

Das muitas coisas que ouvi, gostei da frase de uma professora e ativista social de quem só guardei o primeiro nome, infelizmente, Regina: “O vereador se não for cutucado adormece”.
fonte: blog do Milton Jung

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