sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

FSM09

O recado do povo aos governantes.

A reunião, em atividade do Fórum Social Mundial, dos presidentes de Brasil, Venezuela, Paraguai, Bolívia e Equador, por si só, já seria um grande evento.

Por incrível que pareça, a foto, histórica, de Lula, Hugo Chaves, Evo Morales, Rafael Correia e Fernando Lugo, em evento com mais de 10 mil pessoas de todo o mundo, não mereceu capa em nenhum jornal de grande circulação no país.

No entanto a energia dessas milhares de pessoas com certeza contagiou os presidentes latinoamericanos presentes. Com vontade de mudar o mundo, colocando-se à disposição da luta por um outro mundo possível, acreditando que, como disse o presidente Evo Morales, esse mundo diferente já está sendo construído no FSM.

Tenho defendido que para mudar o mundo precisamos uma boa teoria, com o diagnóstico da situação estrutural e conjuntural em que vivemos, nesse momento, de crise do neoliberalismo, de derrocada das orientações dos órgão do capital financeiro que, como disse o presidente Lula, davam notas aos países pobres e faliram.

Mas precisamos também de uma nova cultura, uma nova ideologia, baseada em valores, como a solidariedade, o respeito à natureza, a justiça entre outros. Essa nova cultura, como qualquer cultura, qualquer ideologia, não se aprende nos livros, não se aprende em aulas teóricas, mas na luta. Se aprende na convivência. Se aplica na vida e não nos textos.

O sentimento de pertencimento a um conjunto mais amplo de pessoas, aqueles e aquelas que querem um outro mundo melhor para todos e todas e que acreditam ser esse mundo possível e, como enfatizado pelos presidentes latinoamericanos, necessário, é uma força que cria, ou mantém, a chama libertária, sem a qual não há transformação social.

O Fórum Social Mundial é, portanto, portador da energia necessária a transformação social. Da construção de uma nova cultura.

Os presidentes que foram ao FSM falar, também ouviram. Não apenas daqueles e daquelas a quem foi dada a oportunidade de falar no microfone. Mas a força daquelas milhares de pessoas que transmitiam aos presidentes a mensagem: estamos aqui com força e disposição para mudar o mundo, acreditamos que um outro mundo é possível, lutamos por ele porque é necessário. Presidentes, sigam em frente no rumo da construção de outro mundo, alternativo ao capitalismo, nós estamos aqui para lutar por esse mundo.

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