terça-feira, 25 de novembro de 2008

Procurador defende novas eleições

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo emitiu parecer em que pede a realização de novas eleições em Cajamar. Este pedido será apreciado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) nos próximos dias. Seis juízes irão decidir se haverá novas eleições na cidade. O procurador Luiz Carlos dos Santos Gonçalves indeferiu o pedido de substituição da candidatura de Daniel Fonseca (PSDB), a menos de 24 horas das eleições, porque entendeu que ele não tinha se desincompatibilizado do cargo de diretor de Esportes de Cajamar em tempo hábil.

Daniel Fonseca assumiu a candidatura no lugar de Messias Cândido (PSDB). Ele é sobrinho do atual prefeito.A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral informou ontem que ainda não há prazo definido para que a votação aconteça. O procurador entendeu que a substituição às vésperas da eleição criou uma espécie de "voto cego", no qual "cargos eletivos serão ocupados por pessoas que não passaram pelo crivo da campanha eleitoral."

Entenda o caso - O vencedor das eleições de Cajamar foi Toninho Ribas (PDT), que foi cassado no dia 25 de outubro pelo Tribunal Superior Eleitoral por rejeição de suas contas quando prefeito. Ele já havia sido cassado em 2002. Daniel Fonseca assumiu a candidatura no lugar do tio, Messias Cândido, a 24 horas das eleições. Messias temia uma cassação posterior, já que estaria em seu terceiro mandato. Daniel ficou em segundo lugar. Com a renúncia de Toninho, assumiria como prefeito em janeiro até a decisão de ontem do procurador.
Em Cajamar, as fontes políticas não quiseram se pronunciar. Toninho Ribas não atendeu aos recados deixados pela reportagem do JJ Regional. Messias Cândido e Daniel Fonseca foram procurados, mas também não retornaram até o fechamento desta edição. Assessores do prefeito Messias Cândido diziam que não sabiam onde ele estava.

ARIADNE GATTOLINI

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