A Transparência Brasil divulgou hoje um levantamento que apontou um “alarmante” dado sobre corrupção eleitoral: nas eleições de 2006, 8,3 milhões de eleitores sofreram tentativa de compra de votos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem responsabilidade no processo, dizem diretores da Transparência Brasil - filial da ONG Transparência Internacional, que monitora o nível de corrupção em eleições e processos políticos em diversos países.
A pesquisa da ONG foi feita em parceria com a União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon). Foram entrevistadas mais de duas mil pessoas em 142 municípios do País, e a região onde houve mais relatos de compra de votos foi o Nordeste, onde 7% dos eleitores reclamaram desse tipo de corrupção. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, pesquisadas em conjunto, 4% dos votantes relataram compra de votos. No Sudeste e na região Sul, respectivamente, 3% e 2% acusaram o ato.
Pelos cálculos da Transparência Brasil e Unacon, os 8,3 milhões de eleitores que relataram tentativa de compra de votos são em maior número que os votos de cada um dos Estados de Roraima, Amapá, Acre, Tocantins, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Amazonas. “Na eleição de 2002, a pesquisa apontou uma média nacional de 3% de eleitores assediados, e no ano passado quase triplicou, para 8% do eleitorado. O problema está se agravando”, alertou Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil.
Veja a pesquisa completa: http://www.transparencia.org.br/docs/compravotos2006.pdf
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