A Folha hoje traz reportagem sobre a Biblioteca de José Mindlin, em processo de doação para a Universidade de São Paulo (USP).
Um novo prédio está sendo construído na USP para abrigar o projeto Brasiliana, que soma o acervo da biblioteca de Mindlin à Biblioteca do Instituto de Estudos Brasileiros, o IEB.
O projeto é de Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb e vai abrigar, em alas diferentes, as duas grandes bibliotecas - a do IEB, construída desde 1962, com 140 mil volumes, e a Biblioteca Guita e José Mindlin, com 40 mil volumes, e que era a maior biblioteca privada do brasil até a sua doação para a USP.
O prédio será também a base da Biblioteca Brasiliana Digital, que segundo o site do projeto, já se filia a três dos principais documentos internacionais, em formato de acordos, protocolos e declarações de princípios, para as instituições do gênero.
1. Uma biblioteca digital como instrumento de uma política nacional de produção de conteúdos para a rede mundial de computadores, contribuindo
para a redefinição positiva da presença da língua portuguesa e da cultura nacional.
2. Compromisso com a formação e preservação de uma brasiliana para o Brasil;
3. Uma coleção em crescimento: na dimensão particular da Brasiliana USP, a conservação da memória da cultura brasileira articula-se, necessariamente, a uma política de expansão do acervo e a rejeição de um modelo custodial de biblioteca;
4. Uma biblioteca digital para a difusão de uma coleção original de objetos documentais: preservação do acervo / acesso aos originais / reprodutibilidade;
5. Uma biblioteca digital concebida como instrumento da cultura nacional: a formação do acervo digital deve estar orientada por uma política de acesso universal (orientação para o contexto-usuário). O usuário (e pensamos em termos polissêmicos) tem centralidade na construção deste acervo digital;
6. Uma biblioteca digital como instrumento da educação nacional: compromisso com a produção de materiais didáticos, com a formação de quadros em todos os níveis, desde o ensino fundamental até a pesquisa avançada;
7. Uma biblioteca digital pública: difusão do acervo, acesso universal (preservados os direitos do autor) e democratização da cultura. Compromisso
com a democratização de nossa experiência: cursos de treinamento, assessoria a outros projetos, convênios e parcerias.
8. Adesão à Declaração de Berlim sobre o Acesso Livre ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades (Berlin Declaration on Open Access to Knowledge in the Sciences and Humanities), de 2003: “acesso livre significa a livre disponibilização na Internet de literatura de caráter científico, permitindo a qualquer utilizador pesquisar, consultar, descarregar, imprimir, copiar e distribuir, o texto integral de artigos e outras fontes de informação científica”;
9. Adesão aos protocolos da Iniciativa Open Archives (OAI-PMH - Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting) – protocolo desenvolvido para permitir que os metadados sejam acessíveis por diversos serviços de busca e compartilhados pelos arquivos digitais; garantia de interoperabilidade (protocolo Z39.50);
10. Adesão aos princípios do software livre (open source).
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