
Michael Moore vai, então, visitar alguns países: Canadá, Inglaterra, França e, por fim, Cuba. Nos quatro países, depara-se com sistemas de saúde socializados. Ao mesmo tempo, mostra que Hilary Clinton tentou implantá-los nos Estados Unidos quando foi primeira dama, recebendo resistência inclusive da mídia e em seguida da população, que se escandalizava com a tal da "socialized medicine", ou seja, o serviço de saúde pago pelo governo para qualquer um que dele precise. Criou-se nos EUA esse 'terror' à saúde boa de graça, porque foi associada a comunismo. Michael Moore usa esse 'medo' dos americanos até como piada, quando se faz de assustado ao ouvir de um canadense conservador (e não comunista, veja bem!) defender a saúde socializada.
Sabemos que os países europeus dos quais sempre citamos o bem estar social não são socialistas e, muitas vezes, nem são os mais justos, ainda mais se considerarmos historicamente suas políticas externas. Mesmo assim, não podemos negar a infra-estrutura que apresentam e os serviços que dispõem à maioria de seus habitantes. Nesse contexto de questionamento sobre a saúde socializada, Moore fita - pensativo e irônico - uma estátua de Marx e, na cena seguinte, pergunta a Tony Benn, antigo deputado britânico: De onde veio essa idéia de que todo cidadão britânico deve ter direito a saúde de graça?
"Bom, se você analisar, tudo começou com a democracia. Antes de termos o voto (...), se você tivesse dinheiro, você conseguia plano de saúde, educação (...). E o que a democracia fez foi dar ao pobre o voto, e isso mudou o poder das carteiras para as urnas."
( clique para assistir no youtube esta e outras partes do filme - sem legendas )
Benn ainda reflete, critica e alerta:
"Manter as pessoas pessimistas e desiludidas - vê, eu acho que há dois meios pelos quais as pessoas são controladas: assustando-as e depois desmoralizando-as.
Uma nação educada, saudável e confiante é mais difícil de governar."
Poxa. Depois dessas do Tony Benn eu até encerro o post repentinamente.
...
Não encerro, não.
Aqui vai um parágrafo da crítica feita pelo site omelete.com.br:
"O grande mérito do diretor é dar rostos às estatísticas. E são rostos com expressões de dor capazes de amolecer o mais incrédulo dos espectadores. E olha que estamos falando de uma realidade até que confortável. O sistema de saúde dos EUA é o 35o. do mundo. O nosso? O 125o. Imagina só se SOS Saúde fosse no Brasil?"
(Postado por Patrícia Anette)
Muito bom o filme!
ResponderExcluirApesar de alguns exageros... hahahaha
É difícil responder essa pergunta aí do final...
Abraços,
Beto.